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por aí – Um ano nos EUA. Valeu a Pena!

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Por Tatiane Medina
Aluna do 8ºP de Turismo UFJF

Cada vez mais acredito que pequenos atos podem acarretar grandes mudanças para nossas vidas. Estava eu passando pelos corredores do até então ICHL, e um cartaz me chamou atenção. Era propaganda de intercâmbio e abririam seleção para duas bolsas.
A princípio não era bem o que eu pretendia, o programa era de um ano, o que achei meio extenso, e para um país que não me despertava tanto interesse, mas vi ali uma boa oportunidade de realizar um sonho, o de conhecer um outro país.
Fui fazer a prova sem muita expectativa, se tivesse que ser seria! E deu certo. Fui selecionada, aí foi só arrumar as papeladas, e que papeladas!!!
Como o programa delimita, a Au pair vai para uma casa de família, cuida das crianças, e a família custeia parte de seus estudos. E me considero com muita sorte, fiquei numa família maravilhosa, que se preocupavam demais comigo e com o meu bem estar.
Trabalhava somente nos dias de semana, das três da tarde às sete da noite, e depois ia pra aula. Fiz cursos muito interessantes, mas aprendi mesmo foi na convivência diária em um país tão diferente do nosso.
Muito criticado pelo mundo todo, os Estados Unidos é visto como um vilão, não me cabe aqui discutir a esse respeito, mas independente de suas atitudes políticas, o país encanta em organização, respeito e ordem. Morei pertinho da capital, Washington, mas o que mais fazia era viajar!
Com o programa de Au pair não dá para ganhar muito dinheiro, mas como tinha toda a manhã livre, fazia uns extras. E a família americana me ajudava também, daí conheci vários lugares.
Viajei para alguns locais bem famosos em todo o mundo, como o Grand Canion, Las Vegas, San Francisco, Virginia Beach, Ocean City, New York, Philadelphia, New Hope, Fort Lauderdale, Miami, e outras cidadezinhas ao redor de Washington. E tudo é simplesmente lindo!!! As rodovias são bem sinalizadas e em um estado de conservação que as nossas deveriam ter. A gasolina, por mais que os americanos reclamem, é bem mais acessível que para nós aqui. A maioria das rodovias não tem radar, mas a velocidade limite dificilmente é desrespeitada, pois o policiamento é constante e implacável.
Mas é claro que nem tudo são rosas. A alimentação foi a minha maior dificuldade. Não sou uma pessoa que gosta muito de fast food, e por isso tinha mais trabalho que os outros na hora de comer.
O ritmo de trabalho dos americanos é bem puxado também. A maioria dos pais que conhecia chegavam tarde do trabalho, cansados e davam pouca atenção aos filhos. Mas isso nem é mais cobrado, por uma questão cultural que há muito tempo já faz parte da vida das famílias americanas.
É um país que recebe milhares de estrangeiros e, por isso, conheci pessoas do mundo inteiro. Culturas diferentes, objetivos diversos… E, se você se propõe a uma experiência no exterior, deve estar aberto a todas as diferenças e amadurecido o bastante para poder aprender e crescer com todas elas.
O intercâmbio mudou muito minha visão de mundo e aprendi muito sobre mim mesma também. Portas se abrem, e você está mais apto a reconhecer as oportunidades.
Boa sorte para todos que estão aí, buscando uma formação e que acreditam na profissão de Turismólogo, e lembrem-se, qualquer experiência extracurricular, bem aproveitada, vale muito à pena!

 

Graduação em Turismo


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