Você está em: Memória > Revista Giro > Edições Anteriores ''Informativo Giro'' > Giro 08 – Junho 2007 > Reportagem - Hotelaria: Um mercado em ascensão
Qual o negócio dos meios de hospedagem, da hotelaria? Oferecer uma gama de serviços para os hóspedes: alojamento, “room service”, comida, bebida, lavanderia. Na maior parte das vezes, todos esses serviços são executados por pessoas. Então, parodiando o provérbio chinês “Se você quer um ano de prosperidade, cultive trigo / Se você quer dez anos de prosperidade, cultive árvores / Se você quer cem anos de prosperidade, cultive pessoas”. Pode-se afirmar o seguinte: se você quer que sua empresa tenha cem anos de prosperidade, saiba cultivar pessoas. Através da educação e do treinamento, se agrega mais valor às pessoas e às suas aptidões inatas, tornando-as mais capazes e, com isso, aumentando a sua empregabilidade. A excelência dos bens de serviços depende da qualidade dos processos e estes da qualidade das pessoas que os executam. Pessoas com qualidade pessoal elevada são, pois, um importante ativo para a empresa e fazem diferença no mercado.
A hotelaria é um mercado amplo, e que, atualmente, está passando por um nítido crescimento no Brasil. Segundo o professor de Meios de Hospedagem do Curso de Turismo da UFJF, Marcelo Carmo Rodrigues, as expectativas para o mercado são ótimas. “A hotelaria está crescendo muito, hotéis estão sendo construídos e, com isso, a contratação de profissionais e a exigência também crescem”. Esse crescimento se deve a algumas entidades nacionais, como o Ministério do Turismo, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e o Embratur.
Marcelo ressalta também que os alunos de hoje encontrarão o mercado de hotéis em transição: “da hotelaria amadora para hotelaria profissional”. Isso porque os administrados estão passando a ser profissionais de turismo, e não pessoas que não têm a ver com a área, como era de costume. Natália Pace Lacerda Menezes, ex-aluna do Curso de Turismo da UFJF, formada em 2006, trabalhou no Unique Hotel, em São Paulo. Segundo ela, todos os funcionários do hotel são formados em hotelaria, turismo ou gastronomia. Mas o trabalho ainda é muito operacional: “o mercado não tem idéia de que a faculdade de Turismo/ Hotelaria forma gestores e não operadores”.
A aluna do 5ºP, Silmara Fonseca, é técnica em Turismo pelo CTU e trabalha como gerente de Qualidade no Hotel Constantino em Juiz de Fora. Antes de entrar como estagiária no hotel, ela imaginava um mercado muito mais fechado, com administrações familiares. Mas, segundo ela, se deparou com outro cenário, ainda distante do ideal, mas capaz de perceber que o amadorismo não traz grandes vantagens. “Aqui no Constantino, fazemos questão de contratar estudantes ou graduados em Turismo para nossa linha de frente. Isso também garante a qualidade na prestação do serviço”, relata Silmara.
Karine de Oliveira, ex-aluna, formada em 2004, trabalhou durante dois anos na rede espanhola de Hotéis Sol Meliá, no hotel Meliá WTC, localizado em um importante centro empresarial da cidade de São Paulo. Freqüentemente ocorriam eventos empresariais, portanto sua rotina era muito intensa: “ser eficiente é uma questão de sobrevivência”. Karine também destaca como é imprescindível o conhecimento do inglês e do espanhol.
Marcelo reforça também que o mercado busca um profissional da hospitalidade. “Tem que ter uma visão aberta do turismo e de seus produtos. Além de ser dinâmico, gostar de lidar com o público, ser administrador, comunicólogo, historiador e cientista social”. Para ele, o curso da UFJF fornece todas essas condições aos alunos, mas uma especialização é indispensável.
Graduação em Turismo
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