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Reportagem – Albergue é uma boa opção

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Por Karen Alves

Colaboração João Paulo Mauler e Mariana Castello Branco

 

Existe uma maneira diferente de se hospedar, que não seja nos caros e impessoais hotéis? Sim, pensando nisso é que foram criados os hostels, conhecidos como albergues da juventude. As seis premissas básicas que regem essa diferente opção de hospedagem são segurança, higiene, conforto, hospitalidade, bom preço e respeito ao meio ambiente.

O primeiro Hostel, ou Albergue da Juventude, surgiu em Altena, na Alemanha, no ano de 1920, e funciona até hoje. Em 1932, foi criada a Federação Internacional de Albergues da Juventude – Hostelling International. A criação dos hostels partiu do professor alemão Richard Schirmann, que dedicava parte de seu tempo a criar programas de convivência para seus alunos, organizando grupos com os jovens para realizar pequenas viagens de estudos. Assim, surgiu a idéia de se criar uma alternativa para acomodar os alunos, que não fosse apenas o pernoite em hospedarias.

A Hostelling International é uma entidade com normas de convivência, regulamento próprio, padrão internacional de atendimento e controle de qualidade em todos os hostels. Atualmente, é a maior rede de hospedagem do mundo, presente nos cinco continentes. Ela gera 35 milhões de pernoites anuais em seus mais de 4.000 albergues espalhados por mais de 60 países.

No Brasil, essa idéia chegou nos anos 60, década da geração “pé na estrada”, do movimento hippie e dos movimentos estudantis no mundo. Em 1971, foi criada a Federação Brasileira dos Albergues da Juventude, que começou a fazer parte do Movimento Alberguista. Hoje em dia, a HI Hostel Brasil é a marca da Hostelling Internacional no país, substituindo “Albergues da Juventude”. As unidades brasileiras seguem o padrão internacional. O Brasil está entre os quinze países mais bem servidos deste meio de hospedagem em todo o mundo, sendo líder na América Latina.

Atualmente, são mais de 80 hostels espalhados pelo Brasil, em vários estados da federação. Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Pará já contam com esse tipo de hospedagem. Desde 2000, o número de hostels abertos no país cresceu 25%.

No estado mineiro, os seis hostels existentes localizam-se nas cidades de Alto Caparaó, Belo Horizonte (duas unidades), Delfinópolis, Ouro Preto e São Lourenço. Para ter descontos nos hostels do Brasil, você pode adquirir a carterinha do alberguista. Para isso, basta se associar ao Movimento dos Albergues da Juventude, feito pela Federação Brasileira dos Albergues da Juventude (FBAJ), pagando uma taxa que, de acordo com o site www.hostel.org.br, é de R$ 20,00 para todas as idades, incluindo R$ 4,00 de taxa de correio.

Gabriel Sena Jardim, aluno do 7º período do curso de Tursimo da UFJF, já se hospedou em três hostels, localizados no Rio Grande do Norte, Fortaleza e Cuiabá. “De uma maneira geral, os hostels em que hospedei tiveram bom atendimento, ótima localização, mas alguns deixam a desejar em infra-estrutura. O de Cuiabá, porém, superou minhas expectativas. Foi tudo maravilhoso e eles cumpriram exatamente o que significa o hostel com relação à amizade e à camaradagem. Todos os albergues têm que ter esse espírito”, comenta. Gabriel ainda aconselha a todos os interessados nesse tipo de hospedagem, que procurem nos estabelecimentos o símbolo da Hostel Internacional (HI), para poderem garantir um serviço de boa qualidade.

Alice Arcuri, coordenadora do curso de Turismo, também comenta suas experiência nesses alternativos tipos de hospedagem: “Já me hospedei em vários albergues e dou preferência para eles porque consigo conhecer novas pessoas e até fazer amigos. São lugares de gente jovem, de várias partes do Brasil e do mundo e você tem oportunidade de conhecer os costumes e cultura de outras regiões brasileiras e de outros países, seja pelo jeito da pessoa falar, andar, se vestir, suas preferências de alimentação, de passeios, de programação cultural. Tudo é interessante e divertido. Pode rolar azaração, violão para descontrair, conversa paralela no café da manhã, troca de informações sobre os atrativos, sobre outros albergues e suas condições de hospedagem. Enfim, é um processo aberto de comunicação…basta você querer!”.

Graduação em Turismo


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