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Projeto, coordenado pelo Caed, pode ser adotado em toda a rede pública de ensino básico do país (Foto: VisualHunt.com)

Cerca de 800 escolas do Estado do Espírito Santo já estão utilizando um aplicativo para avaliação de fluência de leitura, desenvolvido pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O projeto deve alcançar outras regiões do Brasil e pode ser adotado em toda a rede pública do ensino básico no país.  

O uso da tecnologia de avaliação da alfabetização através do aplicativo permite testar a fluência de leitura das crianças. Os testes se iniciam com a avaliação da leitura de palavras que existem no dicionário; a etapa seguinte consiste na leitura de uma lista de pseudopalavras. Já o último estágio passa pela leitura de um texto narrativo, seguida de perguntas sobre a compreensão do conteúdo lido.

No Espírito Santo, o aplicativo foi batizado de “Ler Mais”, quando foram realizados os testes do sistema operacional, que agora atenderá crianças do ensino fundamental, com idades entre 8 e 9 anos. “Esse programa vem sendo desenvolvido há seis meses. Em novembro fizemos uma experiência piloto e este ano novos procedimentos de testes para atingir os objetivos do que é esperado pelo Estado”, conta o coordenador geral do Caed, Manoel Palácios.

Ele revela que há entendimentos no sentido de utilizar o teste também na Paraíba ainda neste semestre, podendo expandir o seu uso para todo o país. “Temos no contexto federal a perspectiva de realizar essa experiência em amostras de escolas em escala nacional. O teste vai muito além do aplicativo; ele se apoia na valorização da leitura, principalmente nos primeiros anos do ensino fundamental, e na correção desses testes. O aplicativo realiza uma gravação da leitura feita pela criança, que é disponibilizada online para os professores, que fazem a correção. Isso também facilita a comunicação dos professores com a Universidade”.

Palácios acrescenta que, além de permitir uma avaliação sobre como está a  criança na realização dos objetivos da alfabetização, “o projeto também permite uma reflexão por parte do professor sobre os principais aspectos desse processo, fomentando uma discussão sobre o que significa cada avaliação, de forma reflexiva e orientada para formação dos professores alfabetizadores”.

Inteligência Artificial
O aplicativo deve contar também com um processo de inteligência artificial, ainda em desenvolvimento pelo curso de Ciências da Computação da UFJF. “O curso está desenvolvendo um algoritmo para a correção da fluência com o apoio de dados de inteligência artificial. Eles têm um grupo de pesquisa que trabalha com procedimentos de decodificação da fala, então estão procurando melhores maneiras de dar suporte aos professores”, diz Palácios.

Para o uso do aplicativo é preciso que haja um acordo da instituição interessada com a UFJF.

Outras informações:
(32) 4009-9300 – Caed/ UFJF