Valorizar e disseminar as manifestações populares tradicionais do Brasil é um dos objetivos primordiais do Grupo de Estudo da Cultura Popular de Juiz de Fora. Pensando nisso, o grupo traz para a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) uma oficina de samba de coco, que será realizada no galpão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), às 19h,  no dia 15 de agosto. O evento é gratuito e não requer inscrição.

O samba de coco é uma manifestação cultural popular que ocorre em todo o nordeste brasileiro. Existem diversas variações dessa expressão cultural, de acordo com o local da manifestação e os participantes envolvidos. É uma brincadeira de roda que envolve percussão, canto e dança. O canto é marcado pela característica de pergunta e resposta, no qual o puxador canta uma parte e o coro responde.

A pesquisadora de culturas populares brasileiras e responsável pela oficina, Mari Moraes, explica como começou a se interessar pelo assunto. “Tive contato com o coco através das minhas primeiras pesquisas sobre forró. Existe uma grande influência dele na obra de Jackson do Pandeiro, artista que homenageei em um projeto no Centro Cultural do Banco do Brasil em 2006. A partir da pesquisa sobre a obra de Jackson, acabei conhecendo o trabalho de diversos outros artistas, como Dona Selma do Coco, Aurinha e o grupo Rala Coco, Coco Raízes de Arcoverde, Mestre Salustiano e Lia de Itamaracá.”

Na oficina de samba de coco, Mari pretende realizar um breve histórico, passando pelas obra desses nomes consagrados e abordar principalmente a dança, sem deixar de lado a importância de conhecer os mestres, as músicas, as letras, e demais componentes dessa manifestação cultural, que podem “dar a sua contribuição à roda e espalhar a alegria de ser brincante”, conclui.

Mari Moraes mora em Juiz de Fora, mas é natural do Rio de Janeiro. Lá, foi integrante do Grupo Zanzar, coordenado por Lais Bernardes, professora de dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que realiza oficinas de danças e ritmos populares no Circo Voador.

“É uma energia muito forte se conectar às manifestações populares brasileiras. São manifestações de grande importância histórica, cultural e de resistência. Sou apenas uma aprendiz querendo partilhar minhas pesquisas, para que mais pessoas tenham o contato com toda essa riqueza e alegria”, conta.

A oficina de samba de coco é gratuita, aberta à comunidade e é sugerido que as mulheres levem saia, que complementam a dança. Outro projeto de extensão do grupo, as oficinas de Capoeira Angola estão com inscrições abertas até  hoje, 11 de agosto. Os treinos acontecem às terças e quintas-feiras, às 19h, também no galpão da FAU e, no dia 27 de agosto, será realizada uma roda no bosque da Reitoria, às 10h.

Outras informações: Página da oficina no Facebook