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Dando sequência à série especial “Mulheres na UFJF” – em comemoração ao Dia Internacional da Mulher -, a reportagem de hoje ressalta a força de trabalho das terceirizadas, profissionais contratadas por empresas que prestam serviços à Universidade Federal de Juiz de Fora.

Dentre os terceirizados, as mulheres são maioria: representam, aproximadamente,  70% do efetivo total, e atuam como recepcionistas, vigilantes, porteiras, copeiras, organizadoras de eventos, auxiliares de serviços gerais, de secretaria, de pesquisa, dentre outras. Somam 350 trabalhadoras que, dia a dia, contribuem para que a instituição mantenha-se como referência no país.

Em sua maioria, cuidam da manutenção e conservação de cada um dos espaços nos quais são desenvolvidas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração na UFJF.

Instituição e empresas resultam do trabalho de pessoas

“Gosto muito de trabalhar aqui. Para mim, ser recepcionista é como ser um ‘cartão de visitas’ da instituição. (Foto: Twin Alvarenga)

“Gosto muito de trabalhar aqui. Para mim, ser recepcionista é como ser um ‘cartão de visitas’ da instituição.” (Foto: Twin Alvarenga)

A recepcionista Ozana Bohnenberger, 58 anos, é uma das terceirizadas. Natural de Juiz de Fora, é técnica em Administração e atua, desde maio do ano passado, no Gabinete da Reitoria. Antes de cada reunião que decide os rumos da Universidade, é preciso anunciar-se a ela. “Gosto muito de trabalhar aqui. Para mim, ser recepcionista é como ser um ‘cartão de visitas’ da instituição. Aqui represento a UFJF, ou seja, preciso saber dar a acolhida a quem chega à Reitoria, com respeito e ética. Afinal, estamos lidando com pessoas.”

“Gosto muito de trabalhar aqui. Para mim, ser recepcionista é como ser um ‘cartão de visitas’ da instituição.”
Ozana Bohnenberger

A auxiliar de pesquisa Arlene Afonso, 40 anos, já soma 13 anos de trabalho dedicados à Universidade. Nascida em Belo Horizonte e com formação técnica em Serviços Públicos, ingressou na instituição através do Projeto Domingo no Campus.

“Realizo atendimento presencial e telefônico na Diretoria de Imagem Institucional junto com duas outras profissionais que trabalham comigo. Dividimos sempre as tarefas, de modo que nenhuma de nós fique sobrecarregada. Toda parte administrativa e burocrática do setor está sob nossa responsabilidade.”

Arlene está há 13 anos na UFJF (Foto: Twin Alvarenga)

Arlene está há 13 anos na UFJF (Foto: Twin Alvarenga)

Nos projetos para o futuro, está o desejo de cursar Administração Pública. “Gosto muito de trabalhar com atendimento ao público e com as atividades burocráticas do serviço público. Penso que o curso vai me ajudar a desenvolver melhor as minhas atividades. No meu setor, aplico os aprendizados do curso técnico. Fazer a faculdade poderá colaborar ainda mais.”

“Gosto muito de trabalhar com atendimento ao público e com as atividades burocráticas do serviço público.”
Arlene Afonso

As lutas cotidianas

A auxiliar de serviços gerais, Vânia Aparecida Batista Carvalho, 50 anos, está na UFJF desde 2013. “Sou de Rio Pomba, me mudei para Juiz de Fora para o meu filho único fazer Faculdade de Enfermagem. Assim que cheguei, comecei a trabalhar como auxiliar de serviços gerais na Reitoria. Na época, não conhecia ninguém na região do São Pedro, onde moro. As pessoas da Reitoria eram a minha família.”

Vânia Aparecida Batista Carvalho está na UFJF desde 2013 (Foto: Twin Alvarenga)

Vânia Aparecida Batista Carvalho está na UFJF desde 2013 (Foto: Twin Alvarenga)

Atualmente, Vaninha, como é conhecida, está lotada no Instituto de Ciências Biológicas (ICB).  Ela – sempre lembrada com muito carinho pelos colegas de trabalho da Reitoria – conta que a mudança de setor foi devido à necessidade de fazer trabalhos extras aos sábados. “Precisava dos sábados livres para fazer faxinas, como diarista, e pagar a faculdade do meu filho. Na Reitoria, temos que trabalhar aos sábados. No ICB, não temos, por isso pedi transferência de setor. Quando pedi transferência da Reitora, o pessoal me disse que eu poderia ficar e não vir aos sábados. Aí, eu pensei: se for para sair do sábado, então o certo é todas as meninas da limpeza saírem também. Aí, isso não é possível. Então, fui para o ICB. O maior sonho da minha vida é ver o meu filho formado. Ele trabalha e estuda. É uma benção na minha vida.”