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Mestrando Wellington Ferreira pesquisou dados de reprovações entre 2007 e 2014 e estudo propõe políticas públicas na área da educação para reduzir falhas apontadas pela análise.

O mestrando Wellington Ferreira, do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), defendeu, nessa  terça-feira, 30, a dissertação “As principais causas da reprovação nos cursos de Engenharia Elétrica da UFJF”. O objetivo da pesquisa é contribuir para amenizar o problema da reprovação no curso de Engenharia Elétrica através da proposição de um Plano de Intervenção.

A partir da análise de documentos e de bibliografias sobre a reprovação no ensino superior e nos cursos de engenharia, Ferreira investigou as principais causas dessas reprovações nas disciplinas do núcleo comum do curso de Engenharia da UFJF. Foi realizado um levantamento de dados de reprovações entre 2007 e 2014. O mestrando também aplicou um questionário aos alunos e professores, para saber, na opinião deles, quais seriam as principais causas da reprovação.

Ferreira, que é Assistente de Laboratório na Faculdade de Engenharia e lida diretamente com os alunos do curso, decidiu investigar essa questão devido ao elevado nível de reprovação dos alunos nas disciplinas do curso. “A reprovação, principalmente nas disciplinas do núcleo comum, nos cursos de Exatas na UFJF, chegam, em alguns casos, a superar 50% dos alunos matriculados. Há casos em que os alunos são reprovados nas mesmas disciplinas repetidas vezes”.

Segundo o estudo, as principais causas das reprovações podem ser classificadas em três dimensões: individual, que diz respeito a questões como a falta de dedicação dos alunos aos estudos; contextual socioeconômico, que abrange a falta de domínio de conteúdos de física e matemática, durante o ensino médio, de alunos provenientes da rede pública estadual; e institucional, que inclui questões como a didática inadequada de parte dos professores, muitas vezes preparados para a pesquisa e não para o magistério superior.

De acordo com a orientadora, Maria Isabel Alvim, a pesquisa é relevante, uma vez que mostra à população a situação dos alunos dos vários segmentos do curso de Engenharia Elétrica. “O estudo traz conhecimento de como se poderá melhor alocar/definir as politicas públicas na área de educação, no sentido de, se não corrigir totalmente, pelo menos diminuir as falhas apontadas na análise, buscando melhores resultados e também um melhor aproveitamento dos recursos investidos, declara”.