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Uma coleção biológica nasce do sentimento de admiração e do desejo de conhecer os mistérios do mundo natural. Nasce igualmente do ideal de preservar um patrimônio e de oferecer às gerações que virão a oportunidade de conhecer esse patrimônio através de olhares novos, de tecnologias novas.

 

As coleções nascem e persistem no tempo. Elas crescem como se fossem vivas. Elas contam histórias e guardam segredos a serem desvendados, quem sabe quando… quem sabe por quem?

O trabalho do malacologista é feito essencialmente com as mãos: ele coleta, disseca, examina.

Os espécimes da coleção malacológica foram coletados pelas mãos de diversas pessoas, em todos os continentes, na beira da praia ou nas profundezas do oceano, nos bosques, nas matas, nos riachos…

Os espécimes que foram transmitidos de uma mão à outra, de um país a outro permitiram o crescimento da coleção malacológica e ampliaram a sua representatividade ao longo das décadas.

As décadas, desde os anos 1950, contam suas histórias através dessa coleção. Contam a história da malacologia e, de certa forma, da própria ciência brasileira. Falam sobre a vida de homens e mulheres que um dia sentiram que era sua missão conhecer a natureza e transmitir esse conhecimento às gerações futuras.

Desejamos lembrar o valor do tempo através da memória de pessoas e fatos que o perpassaram.

Desejamos transmitir esse valor às crianças e aos jovens.

Esse Museu abriga uma coleção de história natural, que pode igualmente ser vista como uma coleção de arte, afinal, as conchas são consideradas, desde a pré-história, como obras de arte da natureza…

 

 

Sthefane D’ávila
Curadora do Museu de Malacologia Prof. Maury Pinto de Oliveira

Museu de Malacologia Prof. Maury Pinto de Oliveira