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Projeto de pesquisa da linha Corpo, Artes, Culturas e Linguagens decoloniais que é um desdobramento do projeto de extensão Laboratório de Descolonização e do PIBIART Coletivo Descolônia, e tem como objetivo geral implementar atividades baseadas em metodologia decolonial, a partir de poéticas de resistência, com propósito de problematizar e oferecer repertórios formadores para disciplinas, laboratórios e espaços de formação básica, continuada e complementar.
Em suas citações, Bell Hooks (2013) compara o Educador com o Curandeiro em um processo de resgate dos saberes tradicionais dos povos originários, tornando o ensino sagrado de modo que o processo de ensino-aprendizagem deixe de se limitar à transmissão de conhecimento, tornando-se um meio de contribuir para a continuidade da sociedade, transgredindo para então melhorá-la.
O método que trazemos como educação transgressora para este projeto é a LudoPoética (http://historias.interativas.nom.br/aulas/), uma atividade projetual de base semiótica peirceana-barthesiana com finalidades diversas, porém com uma intenção específica: a de questionar. Este questionamento se apresenta como um desejo de usar o “poder de sedução” – o tradicional valor agregado ao objeto pelo Design que leva ao consumo – para persuadir o usuário a pensar de maneira crítica, produzir conhecimento e ganhar experiência, como se fosse um jogo.
Com base na proposta da educação como prática de curandeirismo, de Bel Hooks, e na LudoPoética, nossa metodologia é cíclica e ritualística, consistindo em etapas com atividades similares que vão se desenvolvendo em espiral, sempre a partir dos resultados alcançados pelos participantes, gradativamente aprofundando o processo de aprendizagem. Estas atividades acontecem mês a mês, traçando paralelos entre as etapas de um projeto de pesquisa científica, etapas de um projeto artístico e a lógica cíclica de um ritual:
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HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.