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O Espaço Urbano e a Bicicleta: a mobilidade ao redor do ciclismo e o caso juiz-forano

Descrição: O ciclismo por vezes se apresenta como solução simpática para os urbanos problemas ambientais e de mobilidade, sobretudo em cidades do núcleo do capitalismo; por que, então, somente a pressão do ciclista e o subsequente esforço planeado de muitos anos, ou a eventual determinação de um ou outro alcaide mundo afora, transformam em realidade o potencial cooperativo da bicicleta em favor de cidades mais amistosas e menos atravancadas? Afinal, o automóvel que outrora fora fator de fluidez na circulação urbana hoje contribui precariamente para essa necessária fluência do espaço urbano. Veículo de pobres de eventuais adolescentes, quando muito a bicicleta – no Brasil – tem prestígio apenas como aparelho de ginástica, como esporte cardiovascular e anti-diabetes, circunscrito ao fim de semana ou restrito as disputas esportivas. O fato de, em juiz de Fora, o processo urbano ter alcançado grandiosa ocupação de encostas e cocurutos não é, contudo, justificativa para a sua invisibilidade citadina. Aqui, como em outras cidades, o rodoviarismo inibe a chegada de infraestrutura ciclística – infraestrutura que é o primeiro passo para o uso amiúde da bicicleta na paisagem urbana