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Historiografia brasileira

 

Curso Historiografia Brasileira, 1/2019, Profa.  Hebe Mattos

Trabalhos desenvolvidos coletivamente pelos alunos da disciplina HIS063 (1/2019) refletindo sobre a história da historiografia brasileira à luz dos debates ensejados pelo desfile carnavalesco da Estação Primeira da Mangueira no Carnaval Carioca de 2019. O conjunto apresenta dois blogs e um texto de divulgação que exploram, sobretudo, o lugar das populações originárias na história da historiografia brasileira; três podcasts de debates entre os estudantes cotejando temáticas sensíveis e discussões historiográficas propostas pelo desfile e pelo samba enredo, um webquest sobre direitos humanos e ditadura militar no Brasil, um vídeo-clipe sobre a história vista de baixo no desfile da Mangueira e no Museu Mariano Procópio de Juiz de Fora e uma vídeo aula sobre Irmandades Negras. Confiram.

 

-Blog “Recontando histórias: historiografia brasileira”

https://historiografiabrasileira.wordpress.com/inicial/

Por Carolina Munck, Gabriela Ferreira, Kathleen Maia, Lucas Santos, Luísa Moraes e Samara Souza.

Conteúdo: O blog tem como objetivo traçar conexões entre a “clássica” historiografia brasileira, composta por nomes como Francisco Varnhagen e Capistrano de Abreu, na construção da ideia de uma História Nacional, paralelamente ao avanço de uma nova historiografia que busca trazer à tona personagens até então marginalizados pela narrativa consolidada enquanto oficial. Para tanto, foi construída uma série de artigos, organizados na forma de posts (leitura de 15 minutos em média), que tem como fio condutor o desfile da Estação Primeira de Mangueira em 2019, com o enredo “Histórias Para Ninar Gente Grande”. Evocando temáticas como as artes, a historiografia, a terra e a construção identitária, busca-se a tessitura de uma reflexão sobre as permanências e descontinuidades que extrapolam a academia e ecoam diretamente no cotidiano da sociedade brasileira.

[AVALIAÇÃO: Blog com posts informativos e bem contextualizados sobre a história da historiografia brasileira e sua relação com as discussões historiográficas propostas pelo desfile da Mangueira de 2019. Desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Blog “Repensando Heróis”

https://repensandoherois.home.blog/

Por Bianca Silva, Emilly Bento, Laíza Rodrigues, Leonardo Brandi e Yasmin Dias.

 Conteúdo: A plataforma digital é uma produção realizada por discentes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), como requisito para a conclusão da disciplina Historiografia Brasileira. O blog foi organizado a partir de textos e suporte audiovisual, discutindo a heroicização do “bandeirante” e de personagens indígenas e negros na história do Brasil.  Foram utilizados como base os textos: “Bandeirantes na contramão da História: um estudo iconográfico”, de Maraliz Christo (2002); “O herói negro no ensino de história do Brasil: representações e usos das figuras de Zumbi e Henrique Dias nos compêndios didáticos brasileiros”, de Hebe Mattos (2007);” “Primavera para as rosas negras”, de Lélia González  (2018) e “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda (1936).

[AVALIAÇÃO: Blog de divulgação da reflexão dos estudantes sobre a problemática da construção de heróis nas narrativas de história do Brasil a partir da leitura de textos selecionados, buscando compartilhá-la com um público mais amplo. Desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação.]

 

-O lugar dos índios na História: Tradição, Escolas e Escolas

https://medium.com/@gicaro7/o-lugar-dos-%C3%ADndios-na-hist%C3%B3ria-tradi%C3%A7%C3%A3o-escolas-e-escolas-22fd842e409]

Por Brendo Diniz; Gabriel Ícaro; Leonardo Barreto e Lucas Ferreira

Conteúdo: A proposta do texto é discutir os meios de difusão do conhecimento histórico e pensar como a história indígena tem sido contada no Brasil, com base na obra de Capistrano de Abreu, Capítulos de História Colonial (1907),  representando a historiografia clássica sobre o tema, em um livro didático escolhido, e na transmissão de conteúdo histórico em meios diferentes da escola tradicional, como as Escolas de samba. O público alvo deste texto são pessoas de diversas realidades, não necessariamente acadêmicas, priorizando-se um teor de divulgação científica. Daí o uso de linguagem simplificada e algumas generalizações que, sob análise acadêmica e mais profunda, poderiam ser melhor trabalhadas. A plataforma de divulgação do texto é a plataforma Medium – uma rede social para divulgação de textos diversos, que tem ganhado grande relevância na contemporaneidade.

[AVALIAÇÃO: texto de divulgação, desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Podcast discutindo a historiografia clássica e a atual sobre o papel dos indígenas na história do Brasil.

https://soundcloud.com/caio-cardoso-459225249/podcast-a-historiografia-indigenista-1

Por Caio Cardoso, Luan Dias, Júlio César, Samuel Franscischini

 Conteúdo: Estudantes da disciplina historiografia brasileira gravaram um podcast discutindo o papel dos índios na história a partir dos livros Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Jr. (1942) e Os Índios na História do Brasil, de Maria Regina Celestino de Almeida (2009). Após uma breve introdução do assunto, são abordados os seguintes temas: 1- A mudança de paradigma entre os historiadores brasileiros: a mudança na perspectiva teórico-metodológica e a colaboração entre História e Antropologia. Temática abordada por Caio Cardoso (minuto 1:10). 2- A participação do índio na história do Brasil: através deste tópico vamos tratar a participação do índio vista de duas perspectivas divergentes. Tema destacado por Samuel Francischini (minuto 8:30). 3- O lugar do índio na sociedade colonial: como os nativos lidavam com as nuances da política indigenista da Coroa e com a inserção do branco em sua vivência. Tendo como locutor Júlio César (minuto 19:35). 4- A história que a História não conta: como a nova historiografia se insere e se manifesta no desfile da Associação Primeira de Mangueira em 2019. Relações feitas por Luan Dias (minuto 26:24). Através desses tópicos, o podcast debate as mudanças nas perspectivas e metodologias, antigas e recentes, utilizadas para contar as histórias das populações originárias no território que hoje entendemos como Brasil.

[AVALIAÇÃO: divulgação da leitura dos estudantes sobre os textos estudados, buscando compartilhá-la com um público mais amplo. Desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação.]

 

-Podcast Análise do Samba Enredo da Estacão Primeira da Mangueira no carnaval 2019.

https://soundcloud.com/rafael-nascimento-931502151/podcast-historiografia-analise-samba

 Por Amanda Sodré, Marcos Garcia, Vitória Acerbi e Rafael Silva do Nascimento.

Conteúdo: Três estudantes de história, cidadãos do século XXI sentam para conversar. O tema? O enredo da Estação Primeira de Mangueira, no carnaval carioca de 2019. Produzido com base em pesquisas recentes sobre a história do Brasil, o samba centrou-se nas “ausências” da história pública brasileira, os personagens marginalizados e silenciados: negros, índios e pobres. Amanda, Luan e Rafael nos explicam no bate-papo as histórias das personagens citadas na letra, a perspectiva da nossa história que ela traz e aquela a qual se contrapõe, as razões e a importância da emergência do debate sobre narrativas. Temas atuais que dialogam com a proposta do samba, como o feminismo negro, e outras referências que adquiriram ao longo de suas trajetórias, como documentários, filmes, memórias pessoas e locais completam a conversa, que é uma delícia de ouvir. Bora dar o play?

[AVALIAÇÃO: debate dos estudantes sobre a letra do samba enredo e as discussões historiográficas que ensejou. Desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Podcast Mulher Negra e a Casa Grande

https://soundcloud.com/lucas-alexandro-6/mulher-negra-e-a-casa-grande

Por Lucas Alexandro Pereira, Júlia Lígia de Oliveira, Ramon Almeida, Luiz Guilherme de Abreu Cursino

Conteúdo: Nesse podcast, estudantes de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Lucas Alexandro, Luiz Guilherme, Ramon e Júlia, conversam sobre as relações de poder na sociedade escravista brasileira, tendo como perspectiva a relação entre a Casa Grande e a mulher negra escravizada. Como ponto de partida da discussão está a obra de Gilberto Freyre, Casa Grande e Senzala (1933), e um constante diálogo com os tópicos abordados por Ângela Davis em Mulher, Raça e Classe (1981). As leituras dão o tom à conversa, que chega até a “História que a História não conta” do desfile da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, do Carnaval de 2019. Podcast desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 [AVALIAÇÃO: debate dos estudantes sobre o tema sensível da mulher negra na sociedade escravista a partir da leitura de dois textos icônicos e aparentemente opostos sobre o tema: o clássico Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre (1933) e a tradução em português de Mulher, Raça e Classe de Ângela Davis (1981). Podcast desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Webquest Investigador do Passado: direitos humanos e ditadura no Brasil

https://sites.google.com/view/investigador-do-passado/p%C3%A1gina-in

Por Guilherme da Fonseca Oliveira; Marina Fonseca Hang da Silva; Ramon Soares Gonçalves; Robson Yuri

Conteúdo: Baseado no site “Detetives do Passado”, o WebQuest denominado “Investigador do Passado” tem como intuito ser uma ferramenta na qual não só dá suporte ao(a) docente, como coloca o(a) discente como agente de um processo histórico e investigativo. Com a temática voltada em torno da ditadura militar ocorrida no Brasil através de um golpe no ano de 1964 e, tendo como ponto de partida o desfile da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira realizado no ano de 2019 na qual abordara várias temáticas sensíveis (sendo a ditadura civil militar uma delas),  o site se volta principalmente às questões de violações dos direitos humanos ocorridas no período aqui citado, no intuito de demonstrar através de fontes (primárias ou não) a relação direta e institucional entre o Estado e tais violações. A partir de uma breve introdução sobre o regime militar (deve-se destacar que o site é uma ferramenta e, a necessidade de haver aulas sobre o tema da ditadura civil-militar no Brasil se faz necessária para melhor compreensão doWebQuest), das fontes e breves contextualizações destas que são oferecidas, a proposta da produção de um texto a partir da temática de uma vinculação direta ou não do estado em relação aos inúmeros abusos cometidos por este se torna necessária para constar a compreensão e estimular a escrita do(a) discente.

[AVALIAÇÃO: Webquest desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Vídeo: A Mangueira e o Museu na História Vista de Baixo

https://www.youtube.com/watch?v=hyN3gxsj-yU&feature=youtu.be

Por Guilherme Polidoro

Conteúdo: O recente desfile da Estação Primeira de Mangueira no carnaval do Rio de Janeiro causou muita comoção e polemica nos ambientes midiáticos em que foi discutido. Centenas de milhares de postagens em redes sociais pela internet além de várias matérias veiculadas em mídias tradicionais como jornais e programas de televisão, discorreram sobre o desfile em si e seu assunto: a história dos povos oprimidos no Brasil, com especial foco nos indígenas e nos negros escravizados. Logo de cara, temos no carro abre-alas uma sequência dos chamados “heróis da pátria”, antes emoldurados dentro do carro, que, assim que saem, mostram-se como anões perto dos índios e negros que os cercavam. Isso dialoga diretamente com a discussão historiográfica da “história vista de baixo”, onde uma nova geração de historiadores brasileiros profundamente influenciados pela obra de Edward Thompson tem procurado dar vasão as histórias dos povos marginalizados do discurso oficial. Na letra de seu samba, a Mangueira deixa ainda mais clara suas intenções. Nos trechos “Tem sangue retinto pisado, atrás do herói emoldurado, mulheres, tamoios, mulatos. Eu quero um país que não está no retrato” e “Brasil, chegou a vez de ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”, pode-se perceber uma conexão ainda mais direta com as histórias que a “história não conta”, como bem diz a letra. Este enfoque, foi auxiliado por diversos historiadores e professores na construção do enredo e dos carros. Exemplos são o professor e historiador Luiz Antônio Simas e as professoras Thais Bastos e Dani Jardim, as duas das redes municipais do Rio e de Magé, respectivamente. Em conexão com a realidade da cidade de Juiz de Fora, podemos nos focar no Museu Mariano Procópio. Este museu, com sua vastíssima coleção do século XIX focada sobretudo no período monárquico do país, também tem suas peças e uma antiga sala, antes da reforma que tem se seguido, relacionadas a escravidão. Além de um busto da Princesa Isabel datado da época, o museu conta com diversas peças como ferramentas de trabalho e de tortura e controle dos escravizados. Em uma das recentes discussões particulares sobre a remontagem desta sala, foi proposto uma nova forma de organização das peças. Onde antes havia um enfoque na estátua da princesa, agora haveria uma narrativa mais presente nos instrumentos de tortura, estes cercando a referida estátua. Desta forma podemos conectar as experiências da “história vista de baixo” viRepensandondas da academia e da vida cotidiana brasileira. Tanto num museu como num desfile, o olhar das histórias não esquecidas, mas ignoradas e marginalizadas tem sido uma feliz conquista da nova historiografia brasileira.

[AVALIAÇÃO: Vídeo-Clipe desenvolvido como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

 

-Vídeo-Aula: Irmandades Negras no Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=c9RhftA65ps&feature=youtu.be

Por Angelica Bitencourt, Débora Lemos de Souza; David Marlon Avelar de Oliveira; Marina Menezes Souza; Paloma C. dos Santos Silva; Talita Gomes da Silva .

Conteúdo: Neste VÍDEO procuramos argumentar alguns pontos no desfile da escola de samba ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA do carnaval 2019 do RJ e explicar como funcionava as IRMANDADES NEGRAS no Brasil. Esta VIDEOAULA faz parte de um projeto da DISCIPLINA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA DA UFJF ministrada pela historiadora e professora HEBE MATTOS.  BIBLIOGRAFIA: FARIA, Guilherme Nascimento; ALVES, Lídia Maria Nazaré; DAMASCENO, Márcio Rocha; BARRETO, Ana Claudia de Jesus e SOUZA, Leonardo Gomes de. A CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO – Imposição Cultural e Suicídio; III Seminário Científico da FACIG. 2017 http://bit.do/eXMm4 MARQUES, Roberto Barreto . A VIOLÊNCIA E AS CONSEQUÊNCIAS PERVERSAS DA ESCRAVIDÃO. 2017 http://bit.do/eXMpK SOARES, Mariza de carvalho. DEVOTOS DA COR: identidade étnica, religiosidade e escravidão no Rio de Janeiro, século XVIII. 2000 REIS, João José. Identidade e diversidade étnicas nas irmandades negras no tempo da escravidão. Tempo: Revista do Departamento de Historia da UFF. Rio de janeiro: Relume Dumará, vol. 2, N° 03. 1997. http://bit.do/eXMss -Projeto Pensa Rio da UFF: http://bit.do/eXMzb . Parte do vídeo foi gravado no Memorial da República Presidente Itamar Franco Para você que é de juiz de fora ou está passando pela cidade vale a pena conferir o espaço que fica no endereço: R. Benjamin Constant, 720-816 – Centro, Juiz de Fora – MG, 36015-510

 [AVALIAÇÃO: Vídeo-Aula desenvolvida como requisito parcial para conclusão da disciplina Historiografia Brasileira, 1/2019, da UFJF. Aprovado para publicação]

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