Promover o diálogo e a reunião entre artistas, cientistas, pesquisadores e ativistas do Brasil e do mundo são os objetivos principais do Festival Tropixel, que será realizado a partir desta quinta-feira, dia 17, e contará com duas etapas: a primeira delas em Juiz de Fora e a segunda em Ubatuba (SP).
O evento é gratuito e faz parte da rede Pixelache, plataforma de experimentação em arte e pesquisa sobre o meio ambiente, utilizada internacionalmente. Além disso, o Tropixel abrange a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O festival Pixelache surgiu na Finlândia e hoje existem pontos da rede em Dakar, Colômbia, Canadá, Noruega. A iniciativa de trazê-lo para o Brasil foi idealizada pela professora do Instituto de Artes e Design, Raquel Rennó.
A professora diz que começou a conhecer o trabalho de professores da Geografia e da pós-graduação em Ecologia da UFJF e gostou muito do que viu desenvolvido. “Alguns se dispuseram a participar da edição do Tropixel e acredito que seja fundamental conectar as pesquisas acadêmicas com o ativismo ecológico e de tecnologias livres que vai ter presença forte na etapa de Ubatuba.”
Ainda de acordo com Raquel Rennó a ideia principal do festival é unir diferentes formas de pensar. “Eu e o pessoal que organiza e participa do Tropixel não levamos muito a sério as oposições entre saber tradicional e saber científico, entre cultura erudita e cultura popular, entre o que se faz na academia e o que se faz na rua. Mas sabemos que muita gente ainda acredita nelas e, em alguns casos, as defende fervorosamente. Se não criarmos estes eventos misturando modos de pensar e de fazer nunca vamos superar estas visões fechadas de mundo. E mais especificamente, as relações entre arte e ciência interessam a grande parte do grupo envolvido, é parte de nossas pesquisas e é um eixo central do Pixelache que quisemos manter aqui também.”
Entre as atividades programadas para os três dias de Festival na UFJF estão uma visita ao Jardim Sensorial, localizado em frente ao prédio da reitoria, realizada na sexta-feira, dia 18, e coordenada pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PGEcol/UFJF); três mesas-redondas com temas variados, além de outras três palestras.
“Começaremos uma discussão sobre feminismo nas redes com um grupo muito diverso, que atua neste frente de modos e lugares distintos. Em Ubatuba isso será ainda mais forte, com um grupo ainda maior. Mas de modo geral, Juiz de Fora tenta ser uma versão mais condensada e preparatória do que vai ocorrer em Ubatuba, que conta com mais de 60 projetos que ocorrerão pela cidade toda e que inclui gente de toda idade e formação”, explica Raquel Rennó.
Confira toda a programação da etapa juiz-forana, que se estenderá até sábado, 19.
O Tropixel em Juiz de Fora conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Pró-reitoria de Cultura da UFJF.
Outras informações: (32) 2102-3350 (Instituto de Artes e Design)