As inscrições para o Vestibular e Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estão abertas desde o último dia 30. Os candidatos têm até o fim do prazo, 10 de novembro, para fazer uma das principais escolhas de suas vidas: a de qual carreira pretendem seguir. Durante este período, a Diretoria de Comunicação lança uma série de reportagens sobre os cursos oferecidos pela instituição, a começar pelos da área de Saúde.
Na UFJF, fazem parte desta área do conhecimento as graduações em Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Odontologia. Juntas, elas têm 673 vagas disponíveis para entrada em 2011, sendo que 470 delas serão preenchidas por concorrentes do Vestibular e as outras 203 pelos candidatos do Pism, já que a UFJF reserva 30% de suas cadeiras para o programa seriado. A maior oferta é a da Medicina, com 160. No Vestibular 2010 e Pism, 8.353 estudantes optaram por tentar um destes cursos, o que faz a média de candidatos por vaga ser mais elevada na Saúde do que a média geral de todos os cursos.
Em agosto deste ano, candidatos de Medicina da cidade se reuniram com o reitor da UFJF, professor Henrique Duque, com algumas reivindicações. Entre os pedidos, o aumento do número de cadeiras para fazer frente à grande demanda pelo curso. No ano passado, a Medicina teve concorrência recorde com 75,73 candidatos disputando uma vaga no grupo C (sem cotas). O reitor garantiu que a ampliação está prevista para o processo 2012. Veja abaixo a tabela de candidatos por vaga dos três últimos anos.
Assustados pela concorrência alguns candidatos acabam optando por outros cursos por medo de não conseguirem passar. Para o diretor da Comissão Permanente de Seleção (Copese), José Maria Pereira Guerra, isso é um erro e as pessoas devem persistir naquilo que desejam. “Se fizerem um curso sem vocação, vão acabar se decepcionando e, em consequência, abandonando-o no meio ou serem infelizes na profissão.”
É o que também acredita o primeiro colocado em Medicina no ano passado. Bernardo Rodrigues Mendes Moraes fez 1.141,45 pontos no Pism e conta que o seu desempenho foi resultado de muito estudo. Ele acha que o processo seriado traz vantagens, pois apesar da “concorrência ser muito qualificada, a matéria é dividida durante os anos, o que facilita na hora de estudar”. Bernardo está no segundo período e agora sabe que fez a escolha certa. “No terceiro ano, ainda não tinha tanta certeza, mas estou gostando muito e me identifico com o curso.” Segundo ele, na Medicina é preciso estudar até mais do que para o Vestibular. “Essa semana mesmo tenho quatro provas marcadas.”
Enem é a primeira etapa
Os candidatos de Saúde do Vestibular, assim como todos os demais, farão o Enem como primeira etapa do processo. Na segunda fase, realizam provas discursivas de Língua Portuguesa, Biologia, Física e Química. A nota para ser aprovado para a segunda fase – chamada de ponto de corte – varia todos os anos, sendo que a maior parte dos cursos registrou aumento no ano passado. No grupo C, do Vestibular 2010, o concorrente de Medicina precisou fazer 84 acertos em 100 possíveis; o de Farmácia, 60; Odontologia, 57; Ciências Biológicas, 54; Fisioterapia, 49; Nutrição, 44; Enfermagem, 36; e Educação Física, 34.
Para Bernardo, a dica para quem quer se sair bem é, no caso do Pism, procurar ter um bom aproveitamento desde o primeiro ano. E, para o Vestibular deste ano, “mandar bem no Enem e priorizar as matérias específicas cobradas na segunda fase”.
Infraestrutura e conceitos

Laboratórios do ICB, como o de Bioquímica, passaram por reforma dando mais condições para ensino e pesquisa
Na UFJF, todos os cursos da área de Saúde passam pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) até o quarto ou sexto período, sendo que os de Nutrição e Ciências Biológicas estão integralmente vinculados ao instituto. Os cerca de 1.600 estudantes que fazem matérias no ICB todos os semestres encontram uma infraestrutura condizente com as necessidades do ensino, da pesquisa e da extensão. Os laboratórios e anfiteatros passaram por uma grande reforma recentemente, sendo que a de maior destaque foi verificada na Anatomia, que recebeu novas mesas e cubas “melhorando o atendimento aos alunos da graduação”, garante a diretora do ICB, Ana Paula Ferreira.
Para o curso de Nutrição, criado no fim de 2008, foi construído um prédio novo com salas de aula e laboratórios de aulas práticas. O ICB também possui uma biblioteca setorial, que também passará por uma reforma na infraestrutura e atualização do acervo.
Além de boa infraestrutura, os cursos obtiveram conceitos elevados nas avaliações do Ministério da Educação (MEC). Ciências Biológicas, Educação Física, Farmácia, Fisioterapia e Odontologia têm conceito máximo (5) no Enade. Enfermagem e Medicina tiveram nota 4 e Nutrição ainda não foi avaliada pelo exame. “De uma forma geral os alunos que passam pelo ICB têm uma sólida formação nas disciplinas básicas, o que reflete positivamente na qualidade da sua formação profissional”. E ainda, se quiserem, podem continuar seus estudos em alguns dos três programas de pós-graduação oferecidos pelo instituto.
Veja as próximas reportagens com os demais cursos da UFJF durante este mês.
Outras informações: (32) 2102-3967 (Diretoria de Comunicação)