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Palestra de Abertura

Mulheres na Ciência Brasileira: Desafios  e Conquistas

 

                O objetivo dessa palestra será mostrar os desafios que as mulheres brasileiras enfrentaram para produzir conhecimentos científicos bem como as conquistas alcançadas na ciência. Por meio de uma perspectiva histórica serão apresentados os preconceitos, as discriminações e as contribuições das mulheres pioneiras na ciência brasileira. Além das barreiras impostas antigamente pela sociedade patriarcal e machista que não permitiam que as mulheres frequentassem os ambientes acadêmicos, havia uma desigualdade entre o tempo de trabalho dedicado à ciência por homens e mulheres, fato que permanece até os dias de hoje. Como as mulheres geralmente vivem duas rotinas, trabalho externo e gestão do lar, poucas conseguem sustentar as pressões da carreira. Sobre as conquistas consideramos que atualmente o número de mulheres nas universidades e nos institutos de pesquisa do Brasil aumentou significativamente, porém os postos mais avançados na hierarquia acadêmico-científica ainda continuam sendo ocupados pelos homens. Mais estudantes do sexo feminino nos cursos de graduação e nos programas de pós-graduação possibilitaram a maior demanda delas por posições de maior hierarquia no sistema. Hoje as mulheres frequentam os mais diferentes cursos universitários. São maioria nas áreas das ciências da saúde e humanas mas ainda minoria nas ciências exatas e tecnológicas. A conformidade com as expectativas sociais, os estereótipos de gênero e a falta de modelos são as principais causas desse  número reduzido de mulheres na área de ciências exatas. Felizmente os estudos sobre gênero, raça e ciência estão cada vez mais diversificados permitindo que o conhecimento acumulado favoreça a criação de políticas públicas. Mesmo assim, ainda são muitos os desafios a serem enfrentados pois ainda é imprescindível contemplar as especificidades da mulher brasileira.  Para difundir a ciência e seus valores no mundo, democratizar o acesso às tecnologias é preciso ampliar não apenas o consumo, mas a capacidade de gerar avanços considerando a questão de gênero e de raça.  O empreendimento científico deve pertencer a todos, independente de nacionalidade, credo religioso, origem social, raça, ou sexo. As mudanças no panorama científico brasileiro dependem dessa luta por um mundo mais equilibrado, onde cientistas mulheres e homens sejam protagonistas não apenas da geração do conhecimento que desvendem os fenômenos do universo, mas, também sejam lideranças na construção de um mundo mais harmonioso para as futuras gerações. Portanto o desafio futuro será realizar ações de investimento na educação e nas condições sociais que contribuam para a construção de um ambiente mais inclusivo às mulheres na Ciência Brasileira.