Fechar menu lateral

Dissertações – Ano: 2008

 

Regina Sá dos Reis

Título: “O trabalho do assistente social frente à determinação social da saúde da criança”.

Orientadora: Profª. Drª. Lêda Maria Leal de Oliveira

Professores Examinadores: Profª. Drª. Eliane Portes Vargas (FIOCRUZ) e Profª. Drª. Auta Iselina Stephan de Souza (UFJF)

Data da defesa: 17/10/2008

RESUMO: A partir da compreensão da saúde enquanto produto das condições de vida, este trabalho discute como o assistente social, inserido no hospital público, pode trabalhar as demandas socias das famílias de crianças internadas por doenças evitáveis. O estudo analisa as contribuições da intervenção profissional nas condições de vida destas famílias, especialmente, a partir da ação intersetorial, entendida como um dos pilares da integralidade, capaz de possibilitar um atendimento mais efetivo às necessidades dos usuários.

Palavras-chave: determinação social da saúde; saúde da criança; trabalho do assistente social; intersetorialidade.

 

Paula Martins Sirelli

Título: “Terceirização na esfera pública estatal: estratégia (im)posta à Universidade Federal de Juiz de Fora”

Orientadora: Profª. Dra. Leila Baumgratz Delgado Yacoub

Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Cláudio Ribeiro

Professores Examinadores: Prof. Dr. Edílson José Graciolli (UFU) e Profª. Dra. Helena da Motta Salles (UFJF)

Data da Defesa: 18/09/2008

RESUMO: O presente estudo trata da temática da terceirização tendo como centralidade a utilização desta estratégia, em uma instituição pública federal – a Universidade Federal de Juiz de Fora – , compreendendo o período pós 1990. A inserção desta estratégia tem vínculos com as mudanças que vêm ocorrendo no aparato estatal, que desde os anos de 1970 tem enfrentado uma crise fiscal e de legitimidade, considerando-se mais uma fase cíclica do capitalismo, em nível.mundial. Particularizando-se o Brasil verifica-se que os gestores governamentais têm engendrado reformas neste aparato pautadas no ideário neoliberal. As medidas adotadas visam prioritariamente reduzir o tamanho do Estado em termos de gastos, serviços e pessoal, efetivadas pelas estratégias de privatização, publicização e terceirização da mão-de-obra. Esta última consiste em uma estratégia do novo complexo de organização da produção, transferindo atividades meio ou subsidiárias para empresas terceiras. Essa estratégia amplamente adotada pela UFJF significa que formas de contratação diferenciadas expressam consequências para os trabalhadores, suas formas de organização e para a conformação do Estado, além de demandar estudos que possam expandir os questionamentos e as produções sobre contradições na relação capital e trabalho.

Palavras-chave: Estado, Terceirização, Neoliberalismo.

 

Flávia Calvano

Título: “Entre o urbano e o rural: limites e fronteiras em transição no município de Juiz de Fora”

Orientadora: Profª. Drª. Elizete Maria Menegat

Professores participantes: Prof. Dr. Jader Janer Moreira Lopes (UFF) e Profª. Drª. Maria Aparecida Tardin Cassab (UFJF)

Data da Defesa: 15/08/2008

RESUMO: 

A atualidade da discussão sobre o conceito de fronteira pode ser claramente constatada pelos inúmeros trabalhos que vem sendo desenvolvidos. Seu conceito carrega uma diversidade de sentidos e significados que, identificados em realidades históricas distintas, ultrapassa a simples idéia da demarcação política entre países, regiões ou cidades. A fronteira vista como território, se expressa como um espaço cultural de encontro, onde identidades se fundem formando novos territórios e novas territorialidades. A fronteira entre o urbano e o rural, antes definida por limites facilmente constatáveis, hoje, em conseqüência da expansão do tecido urbano e constante redefinição dos perímetros urbanos, torna-se difusa formando espaços híbridos que guardam tanto características urbanas quanto rurais. Espaços híbridos que cada vez mais tendem a abrigar inúmeras formas e funções que tornam estas áreas de transição territórios de grande interesse. Neste sentido, a proposta deste trabalho é apresentar uma discussão sobre a fronteira entre o urbano e o rural no município de Juiz de Fora. Fronteira formada pelo resultado do constante avanço do perímetro urbano, onde antigas práticas de cultivo da terra e de criação de animais convivem com atividades ditas urbanas, redefinido processos de produção e apropriação do território.

Palavras-chave: rural, urbano, fronteira.

 

Estela Saleh da Cunha

Título: “Velhices: múltiplas faces de um processo socialmente construído”

Orientadora: Profª. Drª. Carina Berta Moljo

Professores participantes: Profª. Drª. Maria Carmelita Yazbek (PUC/SP) e Profª. Drª. Lêda Maria Leal de Oliveira (UFJF)

Data da Defesa: 08/08/2008

RESUMO: Diante das constantes transformações econômicas, políticas e sociais experimentadas pelas sociedades capitalistas, a partir de meados do século passado, deparamo-nos também com um fenômeno demográfico verdadeiramente novo: o crescimento da população idosa.

O envelhecimento populacional é fruto de uma rede de relações econômicas e sociais que se diferenciam de país para país, de região para região, construindo, assim, realidades e modos distintos de vivenciar este processo.

No Brasil, o processo de transição demográfica caracteriza-se pela rapidez com que o aumento absoluto e relativo das populações adulta e idosa modificou a pirâmide etária nacional. Como salienta Haddad (1986), embora o aumento da população idosa possa sugerir uma melhoria na qualidade de vida no país, a forma como o Brasil está “envelhecendo” reflete as históricas desigualdades aqui consolidadas. Ou seja, o processo de envelhecimento reproduz as desigualdades que se estabelecem na sociabilidade humana, de acordo com diferenciações de ordem social, econômica, política, cultural, étnica, sexual, geracional e espacial. A velhice, entendida a partir desta concepção, não é uma generalização, no singular; mas, como observa Beauvoir (1990) “velhices”, pois há diferentes e desiguais velhices. Assim, mais que um fenômeno natural, biológico e orgânico, a velhice é um fenômeno social, econômico, político, cultural, espacial, etc., multifacetado que se engendra nas relações de produção e reprodução social.

Considerando as colocações anteriores e pautando-nos nelas é que este estudo se estrutura, tendo por e destas, 26% ser responsoss idosas (segundo Legiobjetivo compreender a heterogeneidade do processo de envelhecimento a partir dos “relatos orais de vida” de homens e mulheres que envelhecem, pertencentes a diferentes faixas etárias (geração) – entre 65 e 91 anos, inserções sociais – redes de sociabilidade/participação – e rendas pessoais, do município de Juiz de Fora – MG, a fim de identificar as particularidades deste processo, marcado pelas condições reais e objetivas de vida destes indivíduos, e, ao mesmo tempo, estabelecer elos de pertencimento global entre estes velhos e as condições materiais e culturais da sociedade capitalista na qual envelhecem.

A questão norteadora desta dissertação é o caráter público e, portanto, coletivo, do processo de envelhecimento e da velhice; ou ainda, a busca pelo distanciamento da visão da questão do envelhecimento como uma questão particular, homogênea, definindo-a como uma questão pública e heterogênea.

Palavras-chave: Processo de Envelhecimento; Memória; classe social; políticas públicas; geração e Heterogeneidade.

 

Verônica Ramalho Borba

Título: “Processo de Envelhecimento da População de Juiz de Fora – MG: Condições de Vida e Segregação Sócio-Espacial”

Orientadora: Profª. Drª. Lêda Maria Leal de Oliveira

Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Cláudio Ribeiro (UFRJ)

Professores participantes: Profª. Drª. Myriam Moraes Lins de Barros (UFRJ) e Profª. Drª Josimara Aparecida Delgado (UFJF)

Data da Defesa: 30/07/2008

RESUMO: A proposta central deste estudo é conhecer o perfil da população idosa em Juiz de Fora – MG, privilegiando os aspectos referentes às suas características sócio-econômicas, à sua distribuição espacial e ao seu acesso aos equipamentos urbanos e recursos sociais do município, tendo como eixo de análise o processo de segregação sócio-espacial. Para a realização deste trabalho, foram utilizados os microdados, referentes ao município de Juiz de Fora, do Censo Demográfico de 2000, realizado pelo IBGE, e documentos produzidos pela Prefeitura de Juiz de Fora, entre os anos de 1998 e 2006, referentes ao processo de planejamento urbano da cidade. Acreditamos que este estudo poderá fundamentar não só a formulação de políticas públicas que garantam os direitos dos idosos, mas também daquelas direcionadas para o aprofundamento da democracia e a ampliação da cidadania da população municipal.

Palavras-chave: processo de envelhecimento, condições de vida da população idosa, segregação sócio-espacial.

 

Juliana Thimóteo Nazareno Mendes

Título: “O projeto de vida dos jovens pobres na vivência do tempo presente”

Orientadora: Profª. Drª. Maria Aparecida Tardin Cassab

Professores participantes: Profª. Drª. Sandra Korman Dib (PUC/RJ) e Profª. Drª. Cláudia Regina Lahni (UFJF)

Data da Defesa: 27/06/2008

RESUMO: Este trabalho tem como foco analítico os projetos de vida dos jovens, à luz da compreensão da juventude como categoria social e sua relação com o espaço-tempo. Pretende-se demonstrar que os projetos de vida dos jovens só adquirem sentido no tempo presente e por isso, esse tempo precisa ser significado, na sua relação com o passado e o futuro.

Toma-se como ponto de partida a compreensão de que os projetos de vida dos jovens são construídos e significados em função das experiências sócio-culturais, das vivências e interações interpessoais que eles estabelecem.

Com isso as reflexões giram em torno de três eixos: o primeiro é a juventude enquanto categoria socialmente construída e que por isso, só pode ser compreendida na relação com o tempo histórico e social. O segundo é a experiência do tempo presente pela juventude, cuja ênfase é a vida cotidiana dos jovens, que se produz e reproduz no espaço da cidade e onde as representações e a organização do tempo social se concretizam. E por fim, os projetos de vida dos jovens pobres que, apesar de se constituírem individualmente, se universalizam na medida em que apresentam pontos comuns, como: trabalho, educação e família e que se referenciam na compreensão sobe geração.

Como elementos empíricos para estas reflexões, realizou-se uma pesquisa de campo com os jovens do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora “UFJF –Território de Oportunidades”, tendo como base os pressupostos da pesquisa-intervenção.

A partir da apropriação destas reflexões, acredita-se estar contribuindo para que os assistentes sociais possam desenvolver uma ação de forma mais qualificada, na busca da garantia de direitos e oportunidades aos jovens.

Palavras-chave: juventude, tempo presente e projetos de vida.

 

Adriene Paiva Araújo Horta

Título: “Limites e Possibilidades de Efetivação do Cuidado ao Portador de Transtorno Mental na Atenção Básica”

Orientadora: Profª. Drª. Auta Iselina Stephan de Souza

Co-orientador: Prof. Dr. Eduardo Mourão Vasconcelos (UFRJ)

Professores participantes: Profª. Drª. Maria Beatriz Lisboa Guimarães (ENSP) e Profa. Dra. Édina Evelyn Casali Meireles de Souza (UFJF)

Data da Defesa: 27/06/2008

RESUMO: O presente estudo centra-se em reflexões acerca do cuidado ao Portador de Transtorno Mental – PTM na atenção básica, particularmente na Estratégia de Saúde da Família – ESF no município de Timóteo/MG, bem como identificar as possibilidades e limites que circundam o cotidiano dos profissionais da atenção básica na efetivação da assistência. Buscou-se problematizar, nesse sentido, as mudanças propostas pela Reforma Psiquiátrica, à luz da integralidade da assistência e o papel da atenção básica, da ESF frente ao cuidado ao PTM, uma vez que esses compartilham os princípios fundamentais como: vínculo, responsabilização e acolhimento. Portanto, a partir de uma perspectiva crítica, o trabalho abarca as mudanças no âmbito do cuidado ao PTM, realizou-se pesquisa de campo com os profissionais da ESF e equipe gestora da Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social. Assevera-se que foram lançadas algumas contribuições reflexivas sobre o cuidado ao PTM na atenção básica, tendo como referência o materialismo histórico, do qual foram extraídas categorias analíticas que poderão contribuir com a efetivação da assistência na ESF e a organização do trabalho. A partir das análises dos dados coletados, foi possível perceber que os profissionais da atenção básica não realizam o cuidado ao PTM, primam pelo encaminhamento ao serviço de saúde mental de referência e não conhecem os pressupostos da Reforma Psiquiátrica e as mudanças no âmbito do cuidado.

Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica, Atenção Básica e Portador de Transtorno Mental.

 

Flávia de Albuquerque Costa

Título: “O Lugar dos Trabalhadores na Cidade – Intervenções Urbanas em Juiz de Fora – MG”

Orientadora: Profª. Drª. Maria Aparecida Tardin Cassab

Professores participantes: Profª. Drª. Marina Barbosa Pinto (UFF) e Profª. Drª. Elizete Maria Menegat (UFJF)

Data da Defesa: 26/05/2008

RESUMO: Esta dissertação se propõe a abordar a intervenção do poder público local na gestão da reprodução da pobreza no território. Ou seja, compreender de que forma a gestão do espaço urbano induz a localização das classes na cidade, através da hierarquização desse espaço. Nesse sentido, busca-se desvendar os conexão entre o modo de produção capitalista e a organização do espaço social. Para tanto foi realizado um estudo em uma vila operaria localizada na zona norte da cidade de Juiz de Fora objetivando compreender como a interação entre Capital, Estado e sujeitos se apresenta na busca pela apropriação do território. Entender a relação entre a construção do espaço social e o modo e produção capitalista, em seu antagonismo de classe e hierarquização social, faz se relevante para que se possa visualizar a questão social em sua totalidade, sem fragmentá-la a partir de suas expressões.

Palavras-chave: Território, Classe Social, Urbanização.

 

Patrícia Aparecida Baumgratz de Paula

Título: “Acesso aos medicamentos: direito ou privilégio?”

Orientadora: Profª. Drª. Auta Iselina Stephan de Souza

Data da Defesa: 28/03/2008

RESUMO: O presente trabalho enfatiza a questão do acesso aos medicamentos como direito social assegurado na constituição do Sistema Único de Saúde, sob a perspectiva dos usuários dos serviços públicos de saúde, ou seja, se eles se sentem como portadores de direitos ou como privilegiados ao obterem tal acesso. Para tanto, abordar-se-á o processo de medicalização vivenciado pela sociedade brasileira contemporânea, bem como, a política nacional de medicamentos e seus entraves. Também irá se buscar a apreensão da categoria acesso aos medicamentos, a partir das dimensões do acesso aos serviços de saúde. Todas estas categorias consideradas indissociáveis na busca pelo acesso universal e eqüinâme aos medicamentos. Logo, a relevância deste estudo é devido à abordagem do acesso aos medicamentos como um direito social garantido constitucionalmente e que na contemporaneidade está longe de ser efetiva.

Palavras-chave: medicalização; política nacional de medicamentos; acesso aos serviços de saúde; acesso aos medicamentos e direitos sociais.