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Anvisa quer banir gordura trans de alimentos

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Dicol/Anvisa) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (23), a realização de uma consulta pública para avaliar a utilização de gorduras trans industriais em alimentos. Após divulgação no Diário Oficial da União, a consulta será aberta e ficará disponível para contribuições por 60 dias. 

 

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) reforçou o posicionamento a favor da consulta pública, baseado em evidências que associam o consumo de gordura trans a maiores riscos de AVC (acidente vascular cerebral), diabetes, infarto e câncer. O uso da gordura trans causa grande impacto na saúde pública. Em função dessas doenças, muitas pessoas deixam de trabalhar ou até ficam incapacitadas. Essas enfermidades geram um custo altíssimo para o sistema de saúde.

 

De acordo com a proposta, a Anvisa pretende adotar a medida em duas etapas. Inicialmente, seria adotado o limite de 2% de gordura trans sobre o teor de gordura dos alimentos e a indústria teria 1 ano e seis meses para adequação. Posteriormente, o Brasil adotaria a proibição total do uso da gordura trans, com mais um ano e seis meses de prazo para as empresas realizarem essa adaptação.

 

Gordura trans não

Gordura trans não! é uma iniciativa do CFN e da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) para criar maior conscientização sobre o tema. As gorduras trans estão presentes em diversos alimentos, como salgadinhos, margarinas, biscoitos recheados, macarrão instantâneo e em alimentos ultraprocessados, com consumo cada vez maior no país, principalmente por crianças e adolescentes.

 

O CFN e a Asbran defendem um modelo híbrido de restrição de gorduras trans industriais que contemple o limite de 2% de ácidos graxos trans industriais sobre o total de gorduras em todos os alimentos, óleos e gorduras destinados ao consumidor final e aos serviços de alimentação e o banimento da produção de óleos e gorduras parcialmente hidrogenados e seu uso em todos os alimentos.

 

Fonte: www.cfn.org.br