Ao todo, 44 alunos com idade entre 19 e 68 anos concluíram o Ensino Médio (Foto: Lenice Rubio)

Ao todo, 44 alunos com idade entre 19 e 68 anos concluíram o Ensino Médio (Foto: Lenice Rubio)

Alunos das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio João XXIII receberam o diploma de conclusão de curso em cerimônia realizada no Museu Murilo Mendes nessa sexta-feira, 13. Ao todo, 44 alunos com idade entre 19 e 68 anos concluíram o Ensino Médio.

A solenidade foi aberta pelo Coro Acadêmico da UFJF que marcou presença no evento com apresentação de três canções. Compuseram a mesa a Pró-Reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra; as diretoras do Colégio, Eliete do Carmo e Margareth Conceição; a patronesse Alice Xavier; o paraninfo Diego Roberto e os coordenadores da EJA, Frederico Crochet e Janaína Garcia.

A diretora geral do Colégio, Eliete do Carmo, destacou a importância da modalidade de ensino para a formação dos alunos. “Orgulhamo-nos de poder ofertar a alguns desses jovens, e outros nem tão jovens, a oportunidade de conclusão do Ensino Médio por meio da EJA. Oferecer essa modalidade de ensino é algo muito válido para nós, pois, sendo a educação básica direito de todos, é preciso garantir, com a qualidade do Colégio João XXIII, o acesso público e gratuito aos estudantes que não fizeram esse processo, na idade própria.”

A Pró-Reitora de Extensão, Lívia Coimbra, emocionou-se ao ver os alunos recebendo os diplomas. “Esse momento me tocou demais. É muito importante para a Universidade Federal de Juiz de Fora, como Universidade pública, gratuita e de qualidade, promover um encontro em que se unem a possibilidade de formação profissional e de construção de histórias de vida. A EJA que o Colégio de Aplicação João XXIII há muito tempo desenvolve com muita competência e qualidade é um espaço de encontro de histórias. Se a vida de vocês se transformou de alguma forma, a vida da UFJF também se transforma cotidianamente pela presença de vocês dentro do João XXIII.”

Histórias como as de Antônia de Oliveira, de 68 anos, e de Maria Aparecida Soares, de 55 anos, destacam-se. Antônia explica que, após mais de 50 anos fora da sala de aula, voltou a estudar por indicação médica como tratamento ao esquecimento. “Creio que já melhorei 80% nesse tempo do João XXIII, uma escola maravilhosa que me ajudou muito”. Aos 18 anos Maria Aparecida tentou voltar a estudar, porém o trabalho a impediu; hoje, com incentivo da filha, retornou à sala de aula. “Para mim foi muito bom, se puder vou continuar estudando.”

A cerimônia foi encerrada com a apresentação de um vídeo da turma feito pelos professores de Artes. O vídeo registra a produção da exposição “Filhos de quem?”, feita pelas turmas da EJA.