(Alice Coelho/UFJF)

Engenheiro da Cesama, Ricardo Stahlschimidt, falou sobre detalhes das obras desenvolvidas ao longo de 18 anos (Alice Coelho/UFJF)

O trabalho de despoluição do Rio Paraibuna, que teve início no ano 2000 e segue até os dias de hoje, foi tema de palestra que integra o evento “Dia Mundial do Meio Ambiente – 10 anos do curso Engenharia Sanitária e Ambiental”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A discussão foi conduzida nesta terça-feira, 26, pelo chefe do Departamento de Projetos da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) de Juiz de Fora, Ricardo Stahlschmidt. Foram abordados detalhes das etapas e obras desenvolvidas ao longo dos 18 anos de atividades do projeto.

O evento comemorou a primeira década do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária e foi promovido pelo Grupo de Educação Tutorial da engenharia Sanitária e Ambiental (GET-ESA) da UFJF. As atividades contaram com palestras, bate-papo e apresentação das ações do GET.

Durante a palestra, Stahlschmidt explicou que o desenvolvimento de um projeto como esse pode ser demorado por envolver fases de planejamento, estudo, concepção, projeto básico e projeto executivo. Ele explica que foi “preciso verificar qual a melhor alternativa para a cidade do ponto de vista ambiental, financeiro e técnico para garantir o melhor aproveitamento do investimento”. A partir disso, um projeto hidráulico e civil deu base para colocar o estudo em prática, seguido do projeto executivo, que cuida do detalhamento de orçamento.

De acordo com o palestrante, os primeiros oito anos foram dedicados ao planejamento. Já de 2008 a 2012, “foi o momento de buscar as licitações e recursos para colocar as obras dos projetos consolidados em prática”. Atualmente, as atividades estão por conta da chegada dos primeiros coletores de esgoto à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União-Indústria, no bairro Granjas Bethel. Os coletores interceptam as redes de esgoto já existentes que eram lançadas no Rio e as encaminham para a ETE. Estamos fazendo as grandes obras primeiro e vamos continuar a implantar os coletores.

Coletores em Tapera e São Pedro
Os córregos Tapera e São Pedro também serão beneficiados pelas obras de despoluição. Em tapera, a Cesama segue com a implantação de quatro quilômetros de redes coletoras, que passam pelas comunidades do Bom Clima, Bandeirantes, Eldorado e Santa Terezinha.  O Córrego São Pedro, de acordo com o chefe do Departamento de Projetos da Cesama, também vai ficar livre do esgoto nos próximos anos. Na região, serão estruturados dez quilômetros de redes coletoras na Cidade Alta e nos bairros Marilândia, Aeroporto, Santos Dumont, Vale do Ipê e Borboleta.

Todo o volume de efluentes domésticos coletados pela rede, que antes eram lançados nos rios, serão levados até a Estação de Tratamento de Esgoto para o manejo adequado.