Abertura oficial da Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e do Caribe (Cres) 2018 (Foto: Universidad Nacional de Córdoba)

Abertura oficial da Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e do Caribe 2018 (Foto: Universidad Nacional de Córdoba)

A vice-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Girlene Alves, representou a Instituição na 3ª Conferência Regional de Educação Superior da América Latina e do Caribe (Cres) 2018, realizada no campus da Universidade Nacional de Córdoba (UNC), na Argentina, entre os dias 11 e 15 de junho. O evento é uma das reuniões preparatórias da Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, que ocorrerá em Paris, em 2019, e marca o centenário da Reforma Universitária de 1918, em defesa da autonomia e democratização da universidade pública.

“A terceira Cres chamou as instituições de ensino superior para trabalhar em torno de cinco eixos temáticos, que chamam o povo para um compromisso da educação como direito, dever do Estado e como algo que de fato é emancipador. Neste sentido, a Conferência teve uma participação de um grupo extremamente heterogêneo, formado por reitores, vice-reitores, diretores de relações institucionais, pró-reitores desses países todos da América Latina e Caribe, com uma participação expressiva dos estudantes, dos trabalhadores e das representações sindicais”, afirma Girlene.

A conferência
O programa da Cres contou com atividades plenárias, simpósios simultâneos, fóruns e mesas de trabalho, além de análise e exposições acadêmicas. Os participantes também puderam aproveitar uma vasta programação cultural e celebrações populares no campus da UNC e em toda a cidade.  No dia 15 de junho, houve uma programação festiva – organizada pela universidade-sede – em comemoração à Reforma de 1918.

“Foi um momento de debate e de encontro, que discutiu a autonomia, o financiamento, a abertura e a inclusão dentro da Universidade”

Para a vice-reitora, a Conferência se torna singular na participação das instituições públicas na defesa da educação pública. “Saímos da Cres revisitando o que a reforma universitária de Córdoba, que ocorreu há 100 anos, nos mobiliza a fazer hoje. Foi um momento de debate e de encontro, que discutiu a autonomia, o financiamento, a abertura e a inclusão dentro da Universidade. Nós discutimos a acessibilidade e a permanência dos nossos estudantes dentro das universidades e com uma convicção muito clara de que precisamos incluir ainda mais. Precisamos ter mais vagas no Ensino Superior de qualidade, sobretudo nas instituições públicas.”

Ao todo, mais de três mil participantes estiveram na Cres, entre reitores, acadêmicos, trabalhadores, estudantes, representantes de redes, de associações profissionais, de centros de pesquisa, sindicatos e organizações governamentais e não governamentais.

Girlene avalia que o evento possibilitou a troca de experiências entre essas instituições, pautada, principalmente, pelo princípio da solidariedade entre esses povos. “Pensando no resgate e respeito às diferenças de origem, de raça, gênero, na minha compreensão, foi uma Conferência que sinalizou para os países da América Latina o compromisso das instituições superiores em pensar na educação como um bem e um direito, com uma participação muito ativa do poder público”, finaliza.

A  Cres 2018 foi organizada pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e o Caribe (Iesalc/Unesco), com a Universidade Nacional de Córdoba, o Conselho Interuniversitário Nacional da Argentina (CIN) e a Secretaria de Políticas Universitárias do Ministério de Educação da República Argentina (SPU).