Plataforma foi desenvolvida para facilitar o intercâmbio de conteúdo e a comunicação em alta velocidade entre os programas de pesquisa da instituição, além de disponibilizar um moderno Data Center (Foto: Divulgação)

Plataforma foi desenvolvida para facilitar o intercâmbio de conteúdo e a comunicação em alta velocidade entre os programas de pesquisa da instituição, além de disponibilizar um moderno Data Center (Foto: Divulgação)

Resultado de um planejamento conjunto dos Programas de Pós-Graduação, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) terá uma nova rede de comunicação, processamento e armazenamento de dados. A plataforma foi desenvolvida para facilitar o intercâmbio de conteúdo e a comunicação em alta velocidade entre os programas de pesquisa da instituição, além de disponibilizar um moderno Data Center, voltado para o armazenamento seguro de dados.

Desenvolvimento em prol do benefício comum e multiusuário dos Programas de Pós-Graduação, a Rede Integrada de Pesquisa (Projeto Repesq) da UFJF foi desenvolvido com  financiamento do CT-Infra da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) — empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação.

Como é composta a rede?
O Data Center e laboratório de serviços referentes à Repesq, em processo final de instalação, ocupam cerca de 36m² de área no Instituto de Ciências Exatas da UFJF. Os investimentos aplicados e em execução somam 2.3 milhões de reais e incluem todo o parque de equipamentos do centro de dados, do laboratório de serviços e da rede distribuída no campus Juiz de Fora.

A instalação será capaz de armazenar conteúdo científico de forma criptografada e oferecer bancos de dados compartilhados e alta capacidade de processamento

A instalação contará com gerenciamento próprio, composto principalmente por membros do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), e será capaz de armazenar conteúdo científico de forma criptografada, disponibilizando acesso somente a pessoas autorizadas, além de oferecer bancos de dados compartilhados e alta capacidade de processamento. Isso possibilita oferta de serviços computacionais de pesquisa que incluem computação em nuvem, produção e transmissão de conteúdo multimídia, IPTV interativo, análise de desempenho em redes, videoconferência em alta resolução, simulação, ambiente para pesquisas e práticas em educação, entre muitos outros.

A estrutura é composta por switches de diferentes portes, que atendem desde a alta capacidade do núcleo da rede à capilaridade das redes locais dos Programas de Pós-Graduação. Também inclui servidores de alto desempenho, rede de armazenamento de alta capacidade e redundância, estações de trabalho e equipamentos de refrigeração. O projeto, desde sua aprovação, conta com a parceria do Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional (CGCO) no futuro compartilhamento de fibras ópticas ao longo do campus, a fim de progressivamente atender os Programas com links dedicados.

No aspecto computacional, o parque oferecerá conexão em alta velocidade entre os Programas de Pós-Graduação, proporcionando trocas de informações de grande volume, como multimídia, visualizações científicas, acesso remoto a equipamentos, além de proporcionar a integração de laboratórios e pesquisadores, estimulando a interação da comunidade científica. Para o coordenador do projeto, Marcelo Moreno, dessa forma, “a dependência externa de processamento e armazenamento de informação será potencialmente reduzida. Atualmente, vem sendo comum pesquisadores optarem por serviços de nuvem pública (DropBox, Google Drive etc) para armazenamento e intercâmbio de dados sensíveis de sua produção científica”.

Rede possibilita oferta de serviços computacionais de pesquisa, que incluem computação em nuvem, produção e transmissão de conteúdo multimídia, videoconferência em alta resolução, entre outros (Foto: Twin Alvarenga)

Rede possibilita oferta de serviços que incluem computação em nuvem, produção e transmissão de conteúdo multimídia, videoconferência em alta resolução, entre outros (Foto: Twin Alvarenga)

Outra ideia é oferecer serviços on-line de agendamento de utilização, não só do próprio laboratório do parque, mas também de outros laboratórios da Universidade, fomentando assim o compartilhamento dos recursos de pesquisa pertencentes a UFJF.

Evolução constante e sustentável
Para o coordenador do projeto, o Repesq é um trabalho de longo prazo e necessita da colaboração contínua dos pesquisadores da UFJF, pois a ideia é sempre adicionar poder computacional ao parque. “A intenção é criar uma política na Universidade de que cada projeto de pesquisa é importante e pode ajudar a manter o parque atualizado e a baixo custo. As solicitações de editais individuais de professores, por exemplo, poderiam incluir um dispositivo de armazenamento, ou mesmo um servidor para o Data Center e não para a sua própria sala, auxiliando assim para a evolução e desenvolvimento do parque com pequenas contribuições. Esse é o ideal de crescimento sustentável, por meio do diálogo e com cada um colaborando para colocar esses equipamentos em um lugar de acesso seguro e com energia e temperatura estabilizadas”, esclarece o coordenador.

O Data Center do Repesq se encontra na etapa final de montagem. O ICE, onde se localiza, ainda passa por fase de adaptação, já que o parque elevará a carga energética do instituto, devido ao funcionamento dos servidores e principalmente da refrigeração. Estimativas indicam que, dentro de quatro meses, a instalação do Data Center estará completa e operando experimentalmente.