(Foto: Iago de Medeiros/UFJF)

Fotógrafo artístico Hercules Rakauskas contou um pouco de sua trajetória e falou da profissão como algo que deve ser feito com paixão, essencialmente. (Foto: Iago de Medeiros/UFJF)

Refletir sobre a função da fotografia como elemento fundamental na construção de histórias e discutir como ela contribui para a criação de realidades foram propostas do “Entre lentes: a informação através da imagem”. O evento, promovido pela Acesso Comunicação Jr., empresa júnior da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi realizado nesta quinta-feira, 26, no anfiteatro da Faculdade de Economia.

Abrindo o encontro, o fotógrafo Hercules Rakauskas contou um pouco da sua trajetória, incentivando o público a acreditar naquilo que gosta de fazer e a nunca se acomodar. Rakauskas falou da fotografia com ar de ativismo, como algo que deve ser feito com paixão, essencialmente.

Atuando há oito anos como fotógrafo, ele esteve presente em grandes festivais musicais e também acompanhou bandas em turnês pelo Brasil. Em momentos como quando está na estrada junto com os artistas, é imprescindível, segundo ele, lembrar do cuidado que o profissional deve ter enquanto possui uma câmera em mãos. “A responsabilidade como fotógrafo é imensa porque eu sei que não posso mostrar tudo. Como lido com figuras públicas, sei que qualquer foto que eu fizer pode influenciar tanto positiva quanto negativamente na imagem delas”, pondera.

Responsabilidade x Intimidade
O fotógrafo destaca o conflito existente entre a intimidade e a responsabilidade, fatores que têm a mesma proporção de importância na relação que ele cria com quem fotografa. “Quanto mais cativamos uma intimidade com o artista, conseguimos capturar momentos que nunca conseguiríamos sem ela, por causa dessa vivência intensa. Mas isso também aumenta nossa responsabilidade, pois devemos saber pontualmente o que expor; caso contrário, podemos quebrar a confiança que foi depositada em um primeiro momento.”

Durante o evento, foi enfatizado que as fotografias precisam contar histórias e criar algum sentimento em quem as vê e, quanto melhor fizerem isso, mais personalidade passam a ter. Rakauskas relatou que suas fotos passaram a ter vida própria quando entendeu que precisava levá-las para as pessoas que não estavam presentes no momento de um show, por exemplo.

“Preciso mostrar a emoção sentida no show e levar isso para uma pessoa que não estava lá. E que, no momento em que ela veja aquele registro, não só sinta a emoção, como também tenha vontade de ter ido. Essa é a parte que toca ao artista, especificamente: a partir de uma foto, posso despertar em uma pessoa o interesse de ir ao show dele em algum momento da vida.”

O “Entre lentes” contou também com mesa-redonda formada por Gleice Lisboa, Estela Loth, Rita Suriani, Leonardo Costa e pelo diretor da Facom e professor de Fotojornalismo, Jorge Felz, que atuou como mediador. Juntos, buscaram discutir e ampliar conceitos do universo fotográfico e pensar nos novos caminhos que surgem neste campo. Após a mesa, foram realizados os workshops “Cinematografia para Documentário”, ministrado por Emerson Coutinho, e “A aplicação e usabilidade das imagens na produção estratégica de conteúdo para web”, com Matheus Policarpo à frente.

Outras informações
(32) 2102-3614 – Acesso Comunicação Júnior