(Foto: Sebastião Jr/UFJF-GV)

Reitor Marcus David destacou que as contas dos dois campi estão equilibradas e a projeção é de que permaneçam assim até 2019 (Foto: Sebastião Jr/UFJF-GV)

O reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinícius David, reuniu-se nesta segunda-feira, 23, com a direção geral, professores, técnico-administrativos e alunos do campus avançado de Governador Valadares. O objetivo do encontro foi apresentar o balanço orçamentário dos primeiros dois anos de gestão e as metas para o próximo biênio.

Segundo David, a crise financeira do país acabou afetando as universidades, principalmente após a aprovação da Emenda Constitucional 95, que limitou o orçamento aos gastos do ano anterior, corrigido pela inflação. O principal problema, de acordo com o reitor, foi não considerar o “crescimento do sistema”, como o aumento do número de alunos, por exemplo. Apesar disso, ele destacou que as contas dos dois campi estão equilibradas e que, caso não haja nenhuma alteração considerável nos cenários político e econômico, a projeção é de equilíbrio dos gastos da UFJF até 2019, quando termina sua gestão.

“Se o governo simplesmente tivesse corrigido a inflação desde 2014, o nosso orçamento hoje estaria praticamente equilibrado. Eu falo que está quase equilibrado porque, além de não corrigir a inflação, nós estamos crescendo. Olha quantos alunos entraram aqui em Governador Valadares desde 2014 sem as formaturas terem ocorrido ainda. O sistema continuou aumentando, com mais alunos entrando, o orçamento não foi corrigido e aí gerou essa pressão toda”, explicou David.

O reitor atribuiu o equilíbrio orçamentário a dois fatores. O primeiro deles é a arrecadação própria – oriunda, principalmente, de projetos de sistemas de avaliação educacional que a UFJF desenvolve para o governo federal e para cerca de 14 estados –, que deve gerar uma receita de R$ 20 milhões em 2018. Em segundo está a recuperação de créditos, que, no ano passado, devolveu aos cofres da Universidade cerca de R$ 16 milhões.

Apesar das medidas adotadas pela UFJF terem conseguido manter as contas em dia ao longo dos últimos dois anos, David afirmou que custear a Universidade com arrecadação própria não é o modelo ideal. “O que nós defendemos é o financiamento público de todo o gasto da educação”, enfatizou.

Governador Valadares

(Foto: Sebastião Jr/UFJF-GV)

Para diretor do campus avançado, Peterson Andrade, visita foi importante para a discussão de uma política de relação intercampi visando maior eficiência dos processos administrativos e acadêmicos (Foto: Sebastião Jr/UFJF-GV)

O orçamento do campus avançado também está equilibrado e o reitor se comprometeu a adotar medidas para garantir o cumprimento de todas as obrigações financeiras da UFJF-GV, cuja estimativa para este ano é de R$15 milhões. “As equipes técnicas dos dois campi estão trabalhando em conjunto, mas nós assumimos o compromisso de, caso seja necessário, complementar o orçamento de Governador Valadares para equilibrar as contas”, garantiu.

Para o diretor geral do campus avançado, Peterson Andrade, a visita do reitor foi importante para a comunidade acadêmica “conhecer as perspectivas da Reitoria sobre o desenvolvimento do campus e para os estudantes, TAEs e docentes cobrarem providências para alguns problemas relacionados com a carência de estrutura própria”.

Ainda, segundo Andrade, a direção “discutiu sobre o desenvolvimento de uma política de relação intercampi com o campus sede para uma maior eficiência dos processos administrativos e acadêmicos” e destacou a “importância do apoio da Pró-reitoria de Planejamento para o aprimoramento permanente dos processos administrativos”.

Reuniões com as pró-reitorias
Além do balanço orçamentário apresentado pelo reitor, representantes das pró-reitorias e diretorias do campus sede demonstraram as ações desenvolvidas nos últimos dois anos, além de reunirem na segunda e terça-feiras, dias 23 e 24, com os setores responsáveis por executá-las no campus de Governador Valadares.

A Pró-reitoria de Graduação se reuniu com a gerente de Graduação, Sibele Aquino, e com os coordenadores de Medicina e Nutrição para discutir sobre o reconhecimento desses cursos. Os projetos de licitação do prédio do Bairro Santa Rita, o Plano Diretor e os espaços físicos do campus avançado foram o tema da reunião da Pró-reitoria de Infraestrutura com a equipe técnica de Governador Valadares. Já a Diretoria de Relações Internacionais tratou sobre a política de internacionalização e o intercâmbio de graduação.

A Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, por sua vez, reuniu-se com o coordenador acadêmico Fábio Pieri para discutir a divulgação do novo formato do edital de iniciação científica e as estratégias para potencializar o envolvimento com a pesquisa em Governador Valadares. Pieri também participou, juntamente com Ângelo Denadai, Hilton Ribeiro, Renato Almeida e Wesley Nascimento, de debate em relação ao novo marco e estruturação da Diretoria de Inovação. Esta mesma diretoria se reuniu com Ângelo para falar sobre o Laboratório Macrorregional de Análise de Águas do Vale do Rio Doce.

O setor de Comunicação, Cultura e Eventos participou de encontro com as pró-reitorias de Cultura e de Extensão, sendo que esta última reunião contou também com a participação do Comitê de Extensão de Governador Valadares. “Essa troca de percepções sobre o trabalho de cada área é necessária, para que possamos planejar com mais segurança e maior efetividade as ações de extensão, tendo de fato uma inserção social no território de Governador Valadares e médio Rio Doce”, enfatizou a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra.

Já a Pró-reitoria de Assistência Estudantil se reuniu com Sibele Aquino e outros membros do setor. De acordo com o pró-reitor, Marcos Freitas, o encontro foi importante “para fazer uma integração do que vem sendo realizado em Juiz de Fora e para tentar criar mecanismos de potencialização das ações de assistência estudantil em Governador Valadares, respeitando as especificidades de cada campus”. Segundo ele, “quem ganha com isso são os estudantes”.