As atividades do Fórum de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foram finalizadas nesta quarta-feira, 4. Com palestras e grupos de discussão (GDs), o evento previa estreitar o diálogo entre jornalistas, assessores, outros profissionais de comunicação e usuários do serviço desse setor, promovendo a troca de conhecimento e experiências entre os participantes.

"Acredito na fase das marcas com propósito e acho que elas realmente podem ajudar fazer a diferença no mundo", considerou Marcos Villas Boas (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

“Acredito na fase das marcas com propósito e acho que elas realmente podem ajudar fazer a diferença no mundo”, considerou Marcos Villas Boas (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Sócio-diretor e diretor de Criação da República Comunicação, Marcos Villas Boas palestrou sobre o trabalho da criação em uma assessoria, explicando como se dá todo o processo, desde a concepção do conceito do produto até as estratégias de divulgação. Villas Boas defendeu a ideia de que as propagandas precisam acompanhar as mudanças sociais que ocorrem em cada época, muitas vezes revendo suas convicções iniciais. “As propagandas sempre contaram boas histórias, mas hoje elas precisam ir além, ser verdadeiras e contar as histórias das marcas, mostrar que elas têm propósito e não apenas um discurso. Mas isso não deve ser feito por ‘moda’, e sim genuinamente”, disse. “Acredito nessa fase das marcas com propósito e acho que elas realmente podem ajudar fazer a diferença no mundo.”

Léa Medeiros trouxe para a discussão o diálogo entre os pesquisadores e a sociedade (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Léa Medeiros trouxe para a discussão o diálogo entre os pesquisadores e a sociedade (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Jornalista do setor de Divulgação Científica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Léa Medeiros trouxe para a discussão o diálogo entre os pesquisadores e a sociedade, possibilitado pelo trabalho cuidadoso dos jornalistas daquele segmento.  Segundo Léa, a pesquisa científica – que vem enfrentando cortes do governo – ainda tem dificuldades em conseguir o apoio da sociedade, que não consegue decifrar toda a linguagem especializada. Cria-se, assim, uma lacuna entre as duas que pode ser minimizada por meio do trabalho do jornalista de divulgação científica. No entanto, muitos pesquisadores demonstram pouco interesse em divulgar seu trabalho, por inúmeros motivos. “Nestes casos, precisa haver uma mediação capacitada entre os dois. Se houver um trabalho adequado de assessoria de comunicação entre os pesquisadores e a mídia, a resposta daqueles tem mais chances de ser positiva.”

Ainda de acordo com a assessora, os jornalistas precisam do apoio dos pesquisadores para que possam fortalecer e valorizar as pesquisas feitas nas universidades e despertar na sociedade o interesse pela ciência, para que ela consiga trazer para o seu cotidiano os conceitos científicos, “traduzidos” pelo profissional de comunicação.

Maria Lúcia compartilhou sua experiência com planejamento, protocolo e cerimonial (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Maria Lúcia compartilhou sua experiência com planejamento, protocolo e cerimonial (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Maria Lúcia Bettega ministrou a última palestra do Fórum. Com experiência em assessoria de comunicação com ênfase em cerimonial e protocolo para diferentes segmentos, a profissional contribuiu, elucidando os conceitos sobre organização de eventos, como planejamento, protocolo e cerimonial de ordens diversas. “Em todas as áreas o cerimonial é importante. Ele tem significado, função social e regras, mas é importante lembrar que também precisa acionar o sentimento do público ao qual se direciona”, defendeu Maria Lúcia.