As ações e os desafios da comunicação interna e externa em instituições foram os temas abordados no segundo dia de palestras do Fórum de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Da Unicamp, Eliane Daré palestrou sobre relacionamento com a imprensa (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Da Unicamp, Eliane Daré palestrou sobre relacionamento com a imprensa (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Discutindo as atividades de comunicação externa da Universidade de Campinas (Unicamp), a assessora da instituição, Eliane Fonseca Daré, ministrou a primeira palestra do dia. Eliane explicou ao público como é feito o trabalho da assessoria e como ela é fundamental na intermediação das demandas da imprensa e no gerenciamento de crises e conflitos internos. Segundo a jornalista, o setor recebe, em média, 30 demandas por dia de diferentes mídias, que são analisadas e direcionadas às devidas fontes.

Criada em 2016, a Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp, onde a jornalista atua, tem como objetivo unificar o trabalho dos jornalistas daquela universidade, criando, assim, uma comunicação comum a todos. “A assessoria tem o papel de responder à imprensa, de maneira mais transparente possível e, na maioria das vezes, por meio de um porta-voz, àquela demanda apresentada. Nosso intuito é ser ‘parceira da comunidade’”, disse.

Em sua fala, Eliane destacou o manual de relacionamento da Unicamp para um bom relacionamento de professores com os profissionais da imprensa, material que visa a orientá-los para tornar mais fácil seu contato com eles, de modo a evitar eventuais ruídos e minimizar tensões naturais.

Redes sociais como pauta

"As redes sociais não são apenas uma ferramenta, são um modo próprio de se comunicar", explicou Rejane Neves (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

“As redes sociais não são apenas uma ferramenta, são um modo próprio de se comunicar”, explicou Rejane Neves (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

A segunda apresentação ficou a cargo da chefe da seção de Comunicação Institucional da Secretaria de Comunicação Social do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rejane Rodrigues Neves. A jornalista mostrou como as redes sociais da instituição têm aproximado o judiciário dos cidadãos, apresentando algumas ações do CNJ em mídias como Facebook e Twitter.

Atualmente, o CNJ é um dos dez maiores perfis de comunicação pública do mundo no Facebook e, de acordo com Rejane, isso se dá pelo órgão ter conseguido tratar de temas como cidadania, utilidade pública e atividades do judiciário com linguagem simples, objetiva e empática.

“As redes sociais não são apenas uma ferramenta, são um modo próprio de se comunicar, com forma, método e linguagem específicos. Nada é, nem pode ser feito ao acaso. Tudo é fruto de planejamento, da construção de uma identidade própria, de regularidade na produção e no monitoramento dos conteúdos, da rotina dos profissionais de cada segmento, da formalização daquela mídia e de uma equipe exclusiva para aquelas atividades”, explicou Rejane.

Para a jornalista, o grande desafio atual do CNJ é fazer a métrica e a análise de dados das pessoas que são alcançadas com o conteúdo produzido em suas mídias, principalmente no Facebook, para poderem entender quem são aqueles usuários, como é o comportamento de cada um na rede e o que eles se interessam em ver, para, assim, conseguirem formular conteúdos que sejam eficientes e úteis para cada um.

Desafios da comunicação interna

Renata apresentou os desafios de se executar a comunicação interna numa universidade (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Renata apresentou os desafios de se executar a comunicação interna numa universidade (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Fechando o segundo dia de palestras, a graduada em Comunicação Social pela UFJF e atual gestora de Comunicação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Renata Neiva, apresentou as ferramentas da comunicação interna da instituição, que ainda enfrenta desafios em seu alcance em todas as unidades.

Estas ferramentas contam com portais on-line, redes sociais, boletim e newsletter, mas Renata destaca que ainda não são suficientes para, por exemplo, atingir os funcionários que atuam nas fazendas experimentais, onde até o sinal telefônico pode ser falho. “Estamos pensando em fazer uma espécie de jornal mural para conseguirmos uma comunicação mais eficiente com estes funcionários. Não importa o meio; o objetivo das ações de comunicação interna é informar, mobilizar, educar e manter a coesão na comunicação.”

De acordo com Renata, alguns dos atuais desafios da comunicação interna da UFU são a elaboração de um diagnóstico eficaz da cultura organizacional da instituição, para que possam selecionar as ferramentas certas de fazer a comunicação dinâmica, e transformá-la de tática para estratégica, sugerindo novos comportamentos.

A programação do Fórum segue com palestras nesta quarta-feira, 4, das 9h às 12h, no Anfiteatro 1 do ICH, e grupos de discussão (GDs) à tarde, das 14h às 16h.

Outras informações: (32) 2102-3967 / 3966 / equipecerimonial@comunicacao.ufjf.br (Diretoria de Imagem Institucional)