Dentre as temáticas abordadas, destaca-se a importância da união das mulheres em defesa da igualdade (Foto: Karla Boughoff/UNE)

Dentre as temáticas abordadas, destaca-se a importância da união das mulheres em defesa da igualdade (Foto: Karla Boughoff/UNE)

O 8º Encontro Nacional de Mulheres da UNE (União Nacional dos Estudantes) realizado no último fim de semana, reuniu 1.500 mulheres de todas as etnias, classes sociais e locais do país para discussão das temáticas do movimento feminista e estudantil. Entre elas estiveram: universitárias, pesquisadoras, representantes políticas e do movimento estudantil de todo o Brasil.

O evento “Mulheres em Movimento: a resistência feminista nas ruas e na universidade” debateu a atual conjuntura política do país e as lutas dos movimentos feministas organizados. Dentre as temáticas abordadas, destaca-se a importância da união das mulheres contra os ataques aos direitos das minorias, a defesa à democracia e a igualdade.

A Diretora de Mulheres da UNE, Ana Clara Franco, afirma que é necessária a unificação do movimento estudantil para a maior visibilidade das pautas feministas: “É um reflexo desse momento que estamos vivendo, para além de fazer um balanço do conservadorismo e do neoliberalismo, colocamos a denúncia da morte da Marielle e falamos também da necessidade de essas mulheres estarem juntas nas ruas, na luta e na resistência para construir, principalmente, as pautas de transformação social que o feminismo responde”.

O encontro abordou a necessidade de denunciar a violência contra as mulheres, a expansão e importância das políticas de assistência estudantil para a democratização do ensino, a defesa aos Direitos Humanos e a inserção das mulheres nos locais de poder da sociedade – destacando a relevância da resolução do crime contra a vereadora Marielle Franco do PSol.

Ao fim da 8ª edição do Encontro, a organização do evento, junto com os movimentos feministas, fez um balanço sistematizado das contribuições. Além disso, o evento propôs a instituição do dia 13 de abril como Dia Nacional de Mobilização contra a Morte da Marielle, como forma de manutenção da luta e defesa das pautas que a vereadora levantava; e a criação da campanha “Defender as vida das mulheres nos UNE” para as universidades.