Poseidon, utilizada na  peça  “Deuses de Heróis” do Grupo Divulgação (Foto: Divulgação)

Poseidon, utilizada na peça “Deuses de Heróis” do Grupo Divulgação (Foto: Divulgação)

A Galeria de Arte do Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) apresenta a mostra “Mascarada”, reunindo 26 peças de vários materiais com o objetivo de mostrar três vertentes do uso da máscara: industrial, estética e cultural. A exposição fica em cartaz até o dia 2 de março e as visitações poderão ser feitas de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h. A entrada é gratuita.

Os visitantes podem conferir máscaras dos populares “papangu”, moldadas em barro coberto com jornal e grude, um resgate da época em que os foliões modelavam suas máscaras em casa e as deixavam secar ao sol, depois as pintavam criando palhaços, caveiras e animais. Costume comum nos anos 40, que ainda sobrevive no nordeste em blocos populares.

Em um segundo segmento, máscaras industrializadas trazem a imagem desconstruída de  políticos brasileiros,  nos fazendo refletir o momento atual no qual vivemos, em um país onde o brasileiro ri e brinca, mesmo em tempos de crise, e se mascara para se divertir nos carnavais, criticando autoridades enquanto outras máscaras caem no cenário da política.

A exposição ainda conta com as representação estética da máscara por meio de figuras mitológicas como Dionísio, Poseidon, Cronos e Caronte, usadas em montagens das peças teatrais realizadas pelo Grupo Divulgação como “Deuses de Heróis” e “A Comédia da Falha Trágica”.

Resgate Cultural

As máscaras são elementos importantes da história brasileira, tanto na representação popular do nosso carnaval como no resgate de outras culturas. Elas sempre exerceram uma atração especial no ser humano e representam tradições culturais que retratam os homens que as fizeram e as usaram. De forma particular, preservam superstições, crenças, tradições e muita beleza, guardadas em cada forma e molde.

A máscara não é um objeto específico do carnaval e sua origem está ligada à religiosidade. Na África, por exemplo, mesmo nos dias atuais, ela ainda conserva sentido primordial de manifestar divindades e transmitir ao seu portador todo o seu poder. O teatro também as adota com várias finalidades. No teatro grego e romano, por exemplo, é reconhecida como meio de identificação entre o ator e o personagem, que nada mais é do que a máscara e o personagem.

Na pré-história, as máscaras eram pinturas feitas no rosto, usadas como forma de representar deuses e forças maiores que as dos homens. Naquela época, um homem ao colocar a máscara recebia as forças nela contida, que o ajudavam a caçar, a curar doenças e muito mais. Mais tarde, na China, a crença era de que elas ajudavam a afastar os maus espíritos e também tinham o poder de cura.

No Brasil, a cultura das máscaras se estendia por todos os grupos indígenas. Porém, esse costume só se tornou notório no século XVII, por meio do carnaval. O uso de máscaras se propagou e tornou-se ainda mais popular depois da realização do primeiro Baile de Máscaras, em 1840, no Hotel Itália, no Rio de Janeiro.

O Forum da Cultura fica na Rua Santo Antônio, 1.112, no Centro.

Outras informações:  (32) 3215-3850

Assine a newsletter da UFJF e receba todas as informações sobre o que ocorre na Universidade, como eventos, concursos, pesquisas e bolsas. 

É estudante, TAE ou professor da UFJF? Já é utilizado o e-mail informado no Siga para o envio dos boletins informativos do Estudante e do Servidor.