(Foto: Fayne Ferrari/UFJF)

Compuseram a mesa professores e pesquisadores da UFJF, UFMG, Uerj e Inep (Foto: Fayne Ferrari/UFJF)

Encerrando a programação do IV Seminário Nacional de Gestão e Avaliação em Educação, organizado pelo Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública, professores de diferentes instituições do país participaram da mesa de debates “Currículo e pesquisa em avaliação da Educação Básica”. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 19, no Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Compuseram a mesa os professores Hilda Micarello, da UFJF, Delaine Cafiero, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marisia Buitoni, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Lenice Medeiros, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e Tufi Soares, da UFJF.

A discussão foi intermediada pela professora adjunta da Faculdade de Educação, Hilda Micarello, que ressaltou o desafio da atividade de avaliação no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed) da UFJF, por demandar conhecimento aprofundado dos profissionais sobre o que se pretende avaliar. “Não existe avaliação boa ou ruim, o que existe são maus usos dos dados das avaliações. Nós, educadores e gestores, devemos nos apropriar desses dados, tanto para repensá-los, quanto para construirmos um conhecimento precioso.”

Convidada para o debate, a professora da UFMG, Delaine Cafiero, indagou o público sobre o que as avaliações educacionais podem dizer aos currículos da Educação Básica. Segundo os dados apresentados por Delaine, há um problema que não deixa a população chegar a níveis altos de alfabetismo.

“Percebemos um paradoxo: mesmo sabendo que quanto maior a escolarização, maiores são as chances de o sujeito alcançar níveis maiores de alfabetismo, os dados também apontam que as pessoas que terminam o Ensino Médio e o Ensino Superior ainda não atingem o nível pleno de alfabetismo, o que nos faz questionar as práticas escolares de letramento.” Segundo Delaine, é preciso defender a prática de leituras interativas nas escolas, que produzam sentido nos alunos e os façam compreender, ativando todo o conhecimento que já possuem.

Pesquisadora no Inep, Lenice Medeiros apontou que os instrumentos de avaliação nas ciências humanas e da natureza na Educação Básica precisam ser aprimorados. “Poderemos avançar nas avaliações nacionais do ensino de ciências se tivermos como elemento central de formação o processo investigativo, encarregado de promover situações nas quais os alunos possam elaborar modelos e explicações mais intricados.”

Outras informações:
0800 7273 141 (opção 3) – Mestrado em Gestão e Avaliação de Educação Pública