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Da direita para a esquerda: Simône Regina de Miranda, sua orientadora Nubia Aparecida Schaper Santos, Katiuscia Cristina Vargas Antunes e Mylene Cristina Santiago, após a defesa da dissertação “Um estudo sobre educação inclusiva em Conselheiro Lafaiete/MG: diálogo entre os professores das salas de recursos e os professores regentes” (foto: arquivo pessoal)

Os desafios para melhorar as relações de diálogo e de acompanhamento entre os professores das salas de recursos multifuncionais e os das salas de aula motivaram a acadêmica Simône Regina de Miranda a desenvolver sua dissertação de mestrado, no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública. A pesquisa foi realizada no município de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, onde encontram-se as escolas nas quais a pesquisadora atua como coordenadora pedagógica.

Simône conta que a elaboração do tema foi feita no período de tempo entre sua nomeação à coordenadora e sua posse do cargo. A ideia foi fruto da sua percepção de que, muitas vezes, o profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE) realiza um trabalho burocratizado com os alunos que utilizam a educação especial, ou seja, aqueles que possuem algum tipo de deficiência ou transtorno. Essa burocracia ocorre devido à falta de um diálogo entre esse profissional e o professor regente. “Eu queria saber como era a atuação do professor das salas de recursos, a atribuição dada a ele e como ele poderia apoiar o professor da sala de aula.”

A acadêmica desenvolveu uma pesquisa qualitativa, a fim de buscar respostas para as questões existentes sobre as relações entre esses dois grupos de professores. Nesse sentido, fez uma análise documental e um grupo focal com docentes, especialistas e professores especializados, buscando compreender se as escolas no geral veem necessidade desse tipo de apoio e, mais importante, se realizam sua validação. Simône ressalta que, durante as conversas com os professores regentes, percebeu que este problema resulta também da formação dos professores e do processo pedagógico efetivo que possuem.

A professora orientadora, Nubia Schaper, explica que a importância da pesquisa reside no fato de abarcar as políticas públicas de todo o estado de Minas Gerais, mostrando como elas, muitas vezes, sobrecarregam os profissionais do AEE. “A pesquisa da Simône é interessante porque ela vai mapeando isso no município, na região em que ela trabalhou, e vai trazendo também perspectivas para que esse diálogo entre o AEE e as escolas aconteça, então é uma pesquisa muito potente.

De acordo com Simône, para que ocorra efetivamente a inclusão dos alunos do Atendimento Especial Especializado, é impossível que a responsabilidade esteja concentrada nas mãos apenas dos profissionais do AEE. É necessária, portanto, a articulação entre os professores das salas de recursos e os das salas de aula. Para isso, é importante a implantação de recursos pedagógicos nas escolas, que estão presentes na pesquisa. A acadêmica explica, ainda, que o estudo não se limita a Conselheiro Lafaiete: “Eu acredito que pode indicar caminhos para melhorar essa relação de diálogo em inúmeras escolas.”

Contatos:
Simône Regina de Miranda (mestranda)
simonem.mestrado@caed.ufjf.br

Núbia Aparecida Schaper Santos (orientadora- UFJF)
nubiapsi@ig.com.br

Banca Examinadora:
Profa. Dra. Nubia Aparecida Schaper Santos (orientadora- UFJF)
Profa. Dra. Katiuscia Cristina Vargas Antunes (UFJF)
Profa. Dra. Mylene Cristina Santiago (UFF)

Outras informações: (32) 4009 -9319- Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública