Eduardo David: “O projeto pretende alcançar as cidades de Juiz de Fora, Londrina e Petrópolis" (Foto: Alexandre Dornelas)

Eduardo David: “O projeto pretende alcançar as cidades de Juiz de Fora, Londrina e Petrópolis” (Foto: Alexandre Dornelas)

Como forma de oferecer alternativa para transporte em cidades de médio porte e discutir cientificamente mecanismos capazes de dinamizar a implementação da levitação magnética na cidade, a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (Propp) e Diretoria de Inovação e do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) receberam o professor e pesquisador Eduardo David, na manhã desta sexta-feira, dia 9, na Faculdade de Engenharia. O encontro aconteceu pelas negociações que verificam as possibilidades de implementações de trens magnéticos na cidade.

Durante a palestra, David explicou o histórico dessa tecnologia e sua importância no cenário do transporte coletivo sustentável mundial em países como Coreia, Japão e China, este último se destacando como o que mais utiliza a tecnologia comercialmente. Para Eduardo David, a tecnologia se torna uma grande aliada, pois agrega baixo consumo energético, pouca poluição atmosférica e velocidades e acelerações maiores do que as produzidas por trens convencionais, além da baixa interferência com obras civis de implantação quando comparada a sistemas que usam rodas e trilhos.

Esse tipo de transporte emprega a levitação magnética, mais conhecida pela sigla MagLev (do inglês, Magnetic levitation), o que seria indicado para cidades do porte de Juiz de Fora. “O projeto pretende alcançar as cidades de Juiz de Fora, Londrina (PR) e Petrópolis (RJ). As pessoas pensam em metrô para cidades grandes, o que seria inviável em cidades médias. No caso de Juiz de Fora, até mesmo como uma determinação da Prefeitura, seria a implementação de uma linha que unisse o Centro da cidade, da Praça da Estação à Benfica. É um trajeto de 15 quilômetros que pode ser efetuado em 15 minutos, o que hoje, de ônibus, é feito entre 45 a 80 minutos.”

Para o diretor de Inovação e do Critt, Ignácio Delgado, “essa é a oportunidade de a UFJF se equalizar aos dilemas do transporte público em Juiz de Fora, ao tratar de uma tecnologia muito avançada, pois se as negociações derem certo, a Universidade terá uma vantagem grande, já que é parceira nos estudos de implantação.”

Protótipo da tecnologia utilizada (Foto: Alexandre Dornelas)

Protótipo da tecnologia utilizada (Foto: Alexandre Dornelas)

Na avaliação do Pró-reitor adjunto da Propp, Luis Paulo da Silva Barra, essa iniciativa é mais uma oportunidade que desponta para que a Universidade possa agregar conhecimento produzido à sociedade. “É mais uma área na qual a Universidade pode provar sua importância em pesquisa em prol da sociedade tanto na questão de solução de problemas de mobilidade urbana como também em potencial de estudo e desenvolvimento de tecnologias ligadas à levitação magnética que não é uma novidade, mas pode melhorar muito a qualidade de vida em Juiz de Fora.”

O pesquisador Eduardo David doutorou-se na COPPE, onde integrou o Projeto MagLev-Cobra na área de gerenciamento administrativo. David é autor do livro “Futuro das Estradas de Ferro no Brasil”.

Outras informações: (32) 2102-3455 (Critt-UFJF)