Alunos do primeiro período do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgarão na próxima sexta-feira, dia 24, os resultados do Trote Solidário, promovido pela Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção (Seepro). A solenidade acontecerá das 14h às 17h, no auditório 3, do prédio Itamar Franco, na Faculdade de Engenharia.

Divididos em grupos, os calouros ficaram responsáveis por visitar instituições filantrópicas de Juiz de Fora, a fim de identificar pontos de melhoria e resolver problemas, aplicando os conceitos apresentados na disciplina Introdução a Contexto e Prática I à Engenharia de Produção I, ministrada pelo professor Vanderli Fava de Oliveira.

Neste ano, seis instituições participaram do projeto: Instituto Médico Psico-pedagógico (Imepp); Associação dos Cegos; Grupo Espírita de Ajuda aos Enfermos (Gedae); Fundação Espírita João de Freitas; Associação Educacional Quintal Mágico; e a Associação da Caridade de São Vicente de Paulo. Os estudantes tiveram cinco semanas para conhecer os locais, analisá-los, desenvolver e executar projetos de melhoria nas instituições.

Um desses trabalhos foi a divulgação de eventos e trabalhos desenvolvidos pelo Imepp. O objetivo da entidade é promover ações com vistas ao desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual e com comprometimentos específicos nas áreas psicológicas, cognitiva, motora, de fala, linguagem e vulnerabilidade social.

Segundo um dos responsáveis pelo projeto na instituição, Matheus Santos Ribeiro, os trabalhos desenvolvidos propiciaram a chance de crescimento humano.  “A gente percebe o crescimento pessoal, de poder impactar nos cuidados de uma vida. Isso engrandece o ser humano, principalmente a gente que fica muito focado em passar nas disciplinas da Universidade. É um calmante para os dias da Universidade.”  

A realidade de cada instituição ofereceu a oportunidade para alunos desenvolverem diferentes atividades em cada uma delas.  O grupo responsável pela Fundação Espírita João de Freitas, entidade beneficente de assistência social de atendimento à pessoa idosa, no bairro São Mateus, realizou projeto para propor uma melhor organização e funcionamento da oficina do local.

De acordo com o membro da equipe Lucas Dornellas, a área revitalizada encontrava-se mal dividida e organizada, dificultando a entrada no local. “Levamos mais de uma semana para limpar e organizar o local. Como fundação é um lugar que cuida de idosos, tinha diversos materiais, como cadeiras de rodas e cadeiras de banho desorganizadas. Então resolvemos  organizar os materiais segundo as suas funções, facilitando para os membros da fundação.”

Esta foi a primeira vez que o estudante teve a oportunidade de realizar um trabalho voluntário a partir dos conhecimentos adquirido em sala. Seu grupo era composto por mais quatro alunos e dois orientadores  “Eu nunca tinha desenvolvido um trabalho dessa forma. É uma experiência muito bacana quando você faz algo para ajudar as pessoas sem ter nada em troca. Fazer o bem para a sociedade dá uma satisfação absurda.”

A presidente da Fundação Espírita João de Freitas, Ana Maria Riberto, agradeceu o auxílio dos alunos durante as últimas semanas. Para ela, esse tipo de trabalho voluntário como parte das atividades de trote deveria acontecer mais vezes na Universidade. “Era uma oficina muito bagunçada, eles ajudaram bastante. Isso foi produtivo para dois lados, eles foram muito gentis, trabalharam com muita dedicação e empenho. Isso ajuda tanto para eles quanto para instituição. Deveria ter esse trabalho ocorrendo mais vezes, principalmente nas atividades de trote.”

Atividades começaram em 2008

O Trote Solidário teve início com a Gincana Solidária em 2008, atividade criada pela Seepro com intuito de arrecadar doações para instituições de caridade, como forma de interação entre calouros e veteranos e contribuição na formação de engenheiros com responsabilidade social.

Em 2009, com o nome Trote Solidário, recebeu premiação de cidadania da Fundação Educar Dpaschoal em São Paulo, sendo considerada uma das 25 melhores atividades do país. Dois anos após, em 2011, o projeto passou a fazer parte da disciplina Contexto e Prática à Engenharia de Produção I. Desde então, calouros de Engenharia de Produção têm a oportunidade de exercer a solidariedade juntamente com o desenvolvimento pessoal e profissional.