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Obra, com direção de Adriano Medeiros e Wilton Araújo, será exibida às 20h, no Museu de Arte Murilo Mendes (Foto: via VisualHunt)

Os instantes derradeiros do Cinearte Palace, o último cinema de rua de Juiz de Fora, são retratados no filme documentário “O último cinema: vestígios de uma memória audiovisual”, que será lançado no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), nesta sexta-feira,10, às 20h. A direção do filme é assinada por Adriano Medeiros e Wilton Araújo.

A narrativa é construída a partir de relatos de frequentadores e funcionários do Cinearte Palace. Além da declaração de defesa do lugar da sétima arte, o documentário é montado dentro de uma proposta estética inquietante e repleta de poesia visual inerente àquele espaço. As filmagens foram feitas nas semanas que antecederam a derrocada do importante equipamento cultural.

De acordo com Wilton Araújo, durante as filmagens foi possível conhecer um universo bastante diversificado e significativo de personagens com uma ligação íntima ao próprio conceito de salas de cinema de rua. “Mais que um investimento econômico ou de trabalho ou tempo, foi um investimento afetivo. Hoje, depois das semanas de montagem, originamos uma obra rica em seu discurso e seu aspecto visual”, declara Araújo.

Adriano Medeiros, que também é responsável pelo roteiro do filme, acredita que o documentário transcende as montanhas que circundam Juiz de Fora. Para ele, um dos elementos que ganham força na obra é o entrelaçamento das sutilezas das memórias individuais à formação gradativa de uma memória coletiva no âmbito da cultura e da arte.

“Neste sentido, este filme se torna a representação de uma metalinguagem que pretende, em última instância, refletir sobre o próprio conceito da sétima arte e as inúmeras mudanças que ela vem passando nos últimos anos. Neste roteiro, o protagonista é o próprio cinema, que ganha força e expressão a partir de movimentos dos diversos atores sociais ao seu redor”, afirma Medeiros.

Sobre os realizadores
Adriano Medeiros é professor do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e coordenador do Festival Nacional de Cinema e Vídeo Inconfidentes. É autor dos livros Cinejornalismo Brasileiro (2008) e Videorrelações (2012). Já dirigiu filmes de ficção e documentários, dentre eles Consciência do Passado (2002), Salve minha vida (2007) e João do ritmo(2011).

Wilton Araújo é Tecnólogo de Cinema, TV e Mídia Digital. Já atuou como locutor noticiarista e produtor executivo e realizou diversos curta-metragens, dentre eles Lembranças (2006), Hulha-branca (2007) e  Em nome de Deus (2010).

Outras informações
3229-9070 – Museu de Artes Murilo Mendes (Rua Benjamin Constant, 790, Centro – Juiz de Fora)