A troca de experiências entre o pesquisador e os alunos foi o ponto forte do projeto "A ciência que fazemos". (Foto: Iuri Fontana)

A troca de experiências entre o pesquisador e os alunos foi o ponto forte do projeto “A ciência que fazemos”. (Foto: Iuri Fontana)

Máquinas voadoras não tripuladas e guiadas remotamente, capazes de monitorar nossas vidas do ar, possibilitando serviços de entrega em curtíssimo prazo e produzindo imagens aéreas extraordinárias. Pode parecer coisa de ficção científica, mas os drones são uma realidade e estão tornando-se cada vez mais populares em nosso dia a dia, assim como a ciência por trás deles. Focando nos esclarecimentos sobre o fazer científico e no desenvolvimento desse tipo de aparato tecnológico, o professor André Marcato esteve presente na Escola Municipal Rocha Pombo, palestrando para os estudantes por meio do projeto “A ciência que fazemos”.

Em sua apresentação, o pesquisador buscou desmistificar a imagem, muitas vezes, ameaçadora da Matemática, expondo como os cálculos fundamentam a produção robótica e tornam possíveis criações extraordinárias. Esperançoso, demonstrou como seus ouvintes poderiam ser o futuro da Ciência do país convidando-os a se interessar “por uma área um pouco diferente”. Como exemplo, citou o mestrando da Engenharia Elétrica, Fabricio Coelho, presente no local. “Quando Fabrício teve aulas comigo, na Faculdade de Engenharia, disse que há anos atrás eu havia ido até a escola dele falar sobre Ciência e ele se lembrava daquilo. Isso é muito gratificante”. Marcato frisou ainda como é fundamental a formação de cada vez mais cientistas em nosso país. Pessoas qualificadas para desenvolver e produzir novas tecnologias em solo nacional. Desta forma os produtos se tornam mais acessíveis e baratos, já que diminui a necessidade de importação.

Mesmo muito empolgados e atentos às explicações, foi na parte externa do colégio o momento de maior entusiasmo. Isso porque, o professor, com o auxílio da graduanda de Engenharia Elétrica, Rayssa Soares, e dos mestrandos João Pedro Carvalho, Guilherme Marins e Fabrício Coelho, mostraram robôs em funcionamento para que os alunos pudessem entrar em contato e até mesmo controlar alguns deles. A demonstração possibilitou aos jovens uma proximidade com um tipo de tecnologia pouco comum e que muitas vezes se encontra restrita ao ambiente acadêmico, sendo, sem dúvida, uma experiência marcante para cada um.

No caso de Marcato, a carreira científica manifestou-se naturalmente já que seu pai também era engenheiro, proporcionando a ele convivência e atração pela área na infância. Mas é importante lembrar que esse não é o único caminho para aflorar o encanto pelo meio científico, sendo extremamente importante o constante apoio e estímulo aos milhões de potenciais jovens cientistas brasileiros. “Assim como a ciência está em tudo, a paixão por ela se encontra dentro de todas as pessoas, aguardando apenas o momento em que será notada”, completa Marcato.