O filme já havia sido selecionado para o festival Primeiro Plano em Juiz de Fora (Foto: divulgação)

Documentário estará nos festivais etnográficos do Pará e de Recife e na mostra de Sagarana (Foto: divulgação)

O documentário “Zé Carreiro, a Padroeira e o Congado”, dirigido pelo professor do Instituto de Artes e Design (IAD) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Carlos Reyna, foi selecionado para dois festivais de cinema e uma mostra. O filme é resultado de pesquisa realizada no Laboratório de Antropologia Visual e Documentário, LAVIDOC, coordenado por Reyna. Em 2016, o filme também participou do Festival Primeiro Plano, em Juiz de Fora.

Durante 2015 e 2016, o laboratório acompanhou o festejo do Congado em Coronel Xavier Chaves (MG) com o objetivo de registrar em forma de documentário o evento e estudar como os participantes se mobilizavam nestes momentos festivos. Para isso, a equipe acompanhou o ciclo de festas de um grupo denominado, “O Congado de Nossa Senhora do Rosário”, liderado pelo remanescente quilombola Capitão Zé Carreiro.

O filme narra as aventuras deste capitão para vivenciar o sentido do sagrado, remetendo sempre aos antepassados africanos que foram trazidos como escravos para a cidade de Coronel Xavier Chaves, região de intensas tradições culturais. “Nossa proposta foi tentar reinterpretar na memória e nas vozes dos participantes do Congado quais são elementos dessas práticas hoje”, explica Carlos.

Foram feitos quase 12 horas de registros fílmicos e 20 minutos de montagem final, baseado nos depoimentos dos atores sociais e na observação de suas ações e do ponto de vista da descrição etnográfica. O material apresenta muitas histórias orais, pois de acordo com Carlos Reyna “quando se apreende o gesto e a palavra viva do homem através da imagem é uma maneira de reatar com aquilo que constitui a matéria essencial da tradição oral”.  

O diretor considera que a complexidade simbólica do Congado em Coronel Xavier Chaves é uma teia de significados, “propusemos uma análise deste para os sujeitos da ação, posto que eles demandam uma re-interpretação contemporânea. Quer dizer, a cerimônia em seu discurso social, hoje.”

O documentário será exibido nos meses de outubro e novembro nos festivais etnográficos do Pará e de Recife e mostra de Sagarana:

1º Festival do Filme Etnográfico do Pará (1º FFEP) (Belém-Pará)

8º Festival Internacional do Filme Etnográfico do Filme Etnográfico do Recife  (8º FIFER) (Recife-Pernambuco)

Mostra Competitiva Regional da Primeira Edição do Cinebaru – Mostra Sagarana de Cinema. (Sagarana-Baru)

Mais informações no site do LAVIDOC.

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