doutorado ecologia

Eduardo Toledo de Amorim defendeu a tese no último dia 16, na UFJF (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Um estudo de doutorado mapeou a distribuição de musgos no Brasil com a preocupação de criar um banco de informações para a biogeografia e para subsidiar possíveis iniciativas de preservação da espécie.  A pesquisa do acadêmico Eduardo Toledo de Amorim foi apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ecologia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Com o título “Distribuição de musgos (Bryophyta) no Brasil: riqueza, endemismo e conservação na Floresta Atlântica” a tese reuniu os dados obtidos através de um enfoque biogeográfico e conservacionista, que buscou evidenciar as áreas mais amostradas no país. O trabalho também identifica a riqueza de espécies na região estudada, bem como destaca o endemismo, que refere-se ao fato de o vegetal se desenvolver somente em uma determinada área ou região geográfica.

Eduardo explica que os musgos são plantas que não possuem tecido vascular, flores e sementes. Segundo o pesquisador, essas plantas apresentam uma grande variedade.  ‘’São plantas pouco estudadas e muitas vezes negligenciadas pelo seu tamanho. Eu quis não só prover resultados para a ampliação da distribuição dos musgos no Brasil, mas fornecer dados sobre a biogeografia, que ainda são escassos e para a conservação destes, mediante a intensa degradação ambiental.’’

A professora orientadora da tese, Andrea Pereira Luizi Ponzo, enfatiza que  “os resultados demonstraram que as regiões de endemismo para o Brasil apresentam congruências com os demais grupos de plantas e estão localizadas em áreas de cadeias de montanhas e, ainda, evidenciaram a importância das Unidades de Conservação para o conhecimento da bioflora em nosso país.”

Segundo o doutorando, é surpreendente a falta de conhecimento sobre a riqueza de espécies, principalmente na Amazônia, além da baixa amostragem do grupo. ‘’O Brasil é um país tropical, com altos níveis de umidade, que são preferenciais para briófitas. Desta forma, com a intensa degradação florestal, é bem provável que não chegaremos a conhecer a real distribuição dessas plantas no Brasil.’’

Contatos:
Eduardo Toledo de Amorim (doutorando)
menini.neto@gmail.com

Andrea Pereira Luizi Ponzo (orientadora – UFJF)
luizi.ponzo@ufjf.edu.b

Luiz Menini Neto (co-orientador – UFJF)
menini.neto@gmail.com

Banca Examinadora:
Profa. Dra. Andrea Pereira Luizi Ponzo (orientadora – UFJF)
Prof. Dr. Luiz Menini Neto (co-orientador – UFJF)
Profa. Dra. Marinez Ferreira de Siqueira (Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ)
Profa. Dra. Mércia Patrícia Pereira Silva (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE)
profa. Dra. Narjara Lopes de Abreu (Flora Original Consultoria em Meio Ambiente)
profa. Dra. Raquel Fernandes Mendonça (Universidade Uppsala (Suécia), vinculada ao PGECOL – UFJF)

Outras informações: (32) 2102 – 3227 – Programa de Pós-Graduação em Ecologia