(Foto: Iago de Medeiros/UFJF)

Evento busca mapear dentro da UFJF o que vem sendo feito por docentes e estudantes nas áreas de culturas e tecnologias digitais (Foto: Iago de Medeiros/UFJF)

Trinta e oito trabalhos estão previstos para serem apresentados no I Encontro sobre Cultura e Tecnologia Digital (escute.digital), realizado na Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento organizado pelo Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede (Grupar), tem como objetivo promover uma troca de experiências e contatos em relação ao conhecimento de culturas e tecnologias digitais produzido na Universidade.

A pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, esteve presente na abertura do escute.digital nesta segunda-feira, 28. Na avaliação da pró-reitora, o evento é importante porque ajuda a divulgar a produção acadêmica dentro da própria UFJF. “A gente precisa conhecer, mapear dentro da Universidade, o que vem sendo feito pelos docentes e pelos estudantes. Então é uma ideia muito importante, porque em um evento como esse, essas atividades podem ser publicizadas e conseguimos outras ideias que vão se agregando e ampliando o pensamento”, disse.

A formação de parcerias é outro ponto destacado pela professora da Faculdade de Educação (Faced), Adriana Rocha Bruno, organizadora do evento e coordenadora do Grupar. “A gente está muito feliz porque o objetivo era justamente ouvir e fazer parcerias e, no primeiro bloco de discussão, já percebemos que as pessoas estão aqui para isto. Elas não querem só apresentar. Elas querem buscar outros grupos, outras pessoas, outros contatos, para saírem daquele seu único lugar. A nossa área de tecnologia digital e cultura digital precisa dessa articulação.”

Netflix e videogames
Os primeiros a se apresentarem nesta segunda foram os representantes do Grupo de Pesquisa Histórias Interativas, do Instituto de Artes e Design (IAD). Integrante do Laboratório Interdisciplinar de Linguagens (Lili), o grupo atua na geração de pesquisa e produção de jogos voltados tanto para o entretenimento, quanto para a educação. “A gente tem alguns produtos já veiculados online, o último. E agora estamos trabalhando na conversão desse material para jogo digital propriamente dito, videogame mesmo. Então vamos adaptar os componentes do jogo para app de celular ou para ser veiculado online”, afirma a professora do IAD, Eliane Bettocchi.

A docente também cita os trabalhos na área de jogos desenvolvidos em disciplinas da Licenciatura em Artes Visuais, da qual é coordenadora. “São o Ateliê de Desenho Artístico, onde trabalhamos mais a parte de concept – a concepção visual, pré-produção, imagem e desenho de produção, e a Oficina de Jogos Narrativos, para ter uma ideia de como funciona um jogo, o que é um pensamento lúdico e como se apropriar disso na sua atuação docente ou como metodologia de produção de jogos”, afirma, destacando que as disciplinas são abertas para outros cursos.

Já a mestranda Isabela Norton, do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom), da Faculdade de Comunicação (Facom), estudou o uso que a plataforma de streaming Netflix faz de personagens já conhecidos de quem utiliza a Internet, como Inês Brasil e Valesca Popozuda em ações publicitárias. “A Netflix se insere nesse ambiente comunicacional hiperconectado como uma plataforma de transmissão de conteúdo que se aproveita o tempo todo das redes sociais, da divulgação, do contato com os conteúdos do universo de quem está assistindo as séries. O Orange is the New Black o tempo todo está dialogando com personagens que a web usa para fazer os memes, para brincar. E ao puxar esse conhecimento do universo do usuário para a série, a Netflix consegue atrair usuários para consumir os seus conteúdos”, afirma a mestranda. A orientação é da professora Soraya Ferreira.

A doutoranda Judilma Aline Oliveira Silva, do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), da Faced  e integrante do Grupar, investiga as relações de professores de instituições de ensino superior com o mundo digital. “Grande parte das instituições já vinha desenvolvendo ações de formação, muitas dessas ações são realizadas de forma intercalada entre o presencial e o online e a gente também percebeu que muitos professores já vinham aceitando com naturalidade a questão dessas formações envolvendo a tecnologia”, conta. O trabalho é orientado pela professora Adriana Rocha Bruno.

O escute.digital segue até essa terça-feira, 29. Confira a programação completa no link.

Outras informações
escute.digital ou gruparufjf@gmail.com