centro de ciênciasA Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) inaugurou na última segunda-feira, 3, seu Centro de Ciências. Um complexo de divulgação científica que, além do observatório, conta com sete exposições científicas com o propósito de mostrar a ciência de forma interativa, lúdica e acessível. O espaço, com mais de três mil metros quadrados e com capacidade de receber mais de 700 pessoas, aproxima a ciência da comunidade, expandindo o conhecimento para além dos muros da Universidade. As atrações são abertas à população e a entrada é gratuita.

No campo da biologia, figuram as exposições “Célula ao Alcance da Mão” e o Espaço Interativo do Museu de Malacologia. Já na área da Química, se destaca a Tabela Periódica Interativa, que, com o auxílio da tecnologia, nos ajuda a entender a história dos elementos químicos e seus papéis em nosso cotidiano. Referentes à astronomia, estão o Observatório Espacial e a sala de exposição do Museu de Arqueoastronomia. O primeiro é dotado de um telescópio fixo de 20 polegadas, além de dez telescópios móveis, incluindo um específico para observação do Sol.

(Foto: Ciro Cavalcanti)

(Foto: Ciro Cavalcanti)

O Centro conta ainda com a exposição Aprenda Brincando, que disponibiliza experimentos interativos de física, que demonstram os conceitos da área através de materiais recreativos. Além das atrações fixas, o Centro possui um salão que poderá receber mostras itinerantes. Atualmente, o espaço sedia a exposição Energia Nuclear, que é uma parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e permanecerá até o fim de 2018. Ela conta com experimentos que permitem que os visitantes vejam, na prática, as teorias estudadas na física nuclear.

Todas os espaços contam com mediadores, que auxiliam os visitantes durante as mesmas. A mediação é feita por estudantes da Universidade, inscritos nos cursos que dialogam com os temas das mostras.

Observatório Astronômico

Com um telescópio fixo de 20 polegadas, além de dez telescópios móveis, incluindo um específico para observação do Sol, é possível observar estrelas, lunações, crateras lunares e planetas do nosso sistema solar, por exemplo. O espaço está aberto às terças e quintas-feiras, a partir das 19h. As sessões de observação ocorrem a cada meia hora e comportam 25 pessoas. Para participar, é necessário ingressar no Centro de Ciências até às 20h. A observação acontece até às 21h.

Exposição Energia Nuclear

Quando falamos em Energia Nuclear, logo associamos ao acidente nuclear de Chernobil, em 1986, ou ao ocorrido em Goiânia, no ano seguinte, envolvendo o elemento césio-137. Mas você sabia que esse tipo de tecnologia pode ter aplicabilidade em nossa alimentação? Nessa exposição temporária, promovida em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o visitante tem contato com os benefícios e malefícios do uso desse tipo de energia, através de uma experiência interativa, com documentários e réplicas de bomba atômica e usina nuclear, por exemplo.  A mostra estará em exibição no Centro de Ciências até o fim do ano que vem.

Gerador de Van de Graaff. (Foto: Ciro Cavalcanti)

Gerador de Van de Graaff. (Foto: Ciro Cavalcanti)

Aprenda Brincando

Já imaginou pedalar uma bicicleta e gerar energia para alimentar luz e som? Na exposição Aprenda Brincando, os visitantes podem ter contato com mais de 20 experimentos que explicam, de modo totalmente interativo, os diversos fenômenos físicos. O espaço detalha o funcionamento do consumo de uma casa, de usinas hidrelétricas e do Gerador de Van de Graaff, que mostra, através de uma experiência única, o que é a eletrostática.

Tabela Periódica Interativa

Com uma tabela periódica interativa com mais de dois metros de altura, os visitantes podem obter diferentes informações sobre elementos químicos, como, número atômico, densidade, características dos elementos e outras curiosidades. Com o auxílio de cores, vídeos e explicações dos instrutores, o espaço ajuda a entender a história dos elementos químicos e seus papéis em nosso cotidiano, mostrando a aplicação de 83 elementos em nosso dia a dia.

Exposição Célula ao Alcance da Mão. (Foto: Ciro Cavalcanti)

Exposição Célula ao Alcance da Mão. (Foto: Ciro Cavalcanti)

Célula ao Alcance da Mão

O que compõe uma célula? Qual é o formato de uma mitocôndria? Nessa exposição, o visitante pode ir além da explicação didática desses organismos, tendo contato físico com a estrutura e elementos da célula, através de réplicas feitas em resina. O espaço conta ainda com acessibilidade para cegos, com legenda dos conceitos de cada componente em braile.

Museu de Malacologia. (Foto: Alexandre Dornelas)

Museu de Malacologia. (Foto: Alexandre Dornelas)

Museu de Malacologia

Quando vamos à praia, é comum vermos crianças e até adultos admirando conchas na areia. No entanto, a maioria das pessoas não imagina o quanto de ciência tem por trás das suas formas e cores. Com exposição de conchas, jogos e contação de histórias com fantoches para crianças, o Museu de Malacologia detalha as curiosidades desse ramo da zoologia que estuda os moluscos.

Sala de Arqueoastronomia

Nesse espaço, o visitante é apresentado ao modo como as civilizações antigas aprendiam e compreendiam o cosmos. Na sala, estão expostas peças da cultura de Tiwanaku, considerada a mais antiga da América do Sul, como um vaso cerimonial Keru (em cerâmica), alfinetes de bronze e réplica da Portal do Sol – monumento com inscrições de um calendário astronômico complexo, encontrado nas ruínas dessa cultura, na Bolívia – e uma coleção antropológica. Outro destaque da coleção são quatro crânios de indivíduos de Tiwanaku, que exibem uma deformação artificial provocada pela compressão da cabeça de recém-nascidos com tábuas de madeira ou ligaduras, com o objetivo de alterar o eixo de crescimento da cavidade craniana.

Confira os horários para visitação:

Horário Funcionamento Visitas Centro de Ciências