Banda Tianastácia foi o ponto alto da festa (Foto: Twin Alvarenga)

Banda Tianastácia foi o ponto alto da festa (Foto: Twin Alvarenga)

Evento já consolidado junto ao público juiz-forano, o Som Aberto voltou a lotar a Praça Cívica da UFJF no último sábado, 24, com mais de oito horas de programação cultural gratuita e diversificada, que culminou com o show da banda Tianastácia, referência no cenário musical mineiro e nacional. O alcance do Som Aberto, a energia do público, a proposta e a infraestrutura do evento impressionaram os músicos e a produção do grupo, que destacaram a confluência entre o projeto realizado pela Pró-reitoria de Cultura e o Rock nas Universidades, projeto da banda de incentivo à cultura nos campi que estreou com o show em Juiz de Fora.

“O Som Aberto é uma proposta muito legal, principalmente porque dá espaço para novos artistas se apresentarem, o que talvez seja das coisas que mais se necessita hoje em dia: espaço para o artista”, ressaltou o vocalista Podé em entrevista à Procult. “Nós, que crescemos sem padrinho, sem nada, sabemos o quanto é difícil fazer arte no Brasil. Sempre que vemos uma iniciativa como essa valorizamos bastante. O Tianastácia, sempre que possível, convida bandas que estão começando, que precisam de espaço, para abrir o show.”

Apresentação circense do grupo Amplitud animou público presente (Foto: Twin Alvarenga)

Apresentação circense do grupo Amplitud animou público presente (Foto: Twin Alvarenga)

No Som Aberto, a tarefa coube à banda juiz-forana Blend 87. Para a cantora Bruna Marlière, foi uma oportunidade de mostrar suas músicas para um público muito diverso e testar a reação das pessoas: “Um dos pontos altos do Som Aberto é justamente ser num local público, com entrada franca. É muito democrático. Foi muito legal ver a reação das pessoas que não estão em nosso círculo de interesse musical e ver como o som foi recebido por elas. As pessoas dançaram, pularam, aplaudiram, responderam bastante ao que estávamos fazendo [no palco].” Foi a primeira vez que a Blend 87 abriu um show como o do Tiasnastácia: “Foi um prazer e uma honra fazer isso. O Tianastácia é uma banda de tradição no rock mineiro”, afirmou Bruna.

A apresentação do grupo mineiro em Juiz de Fora marcou a estreia do projeto Rock nas Universidades, que será realizado em sete campi do estado. “Temos uma relação muito bacana com Juiz de Fora”, afirmou o vocalista Podé, ao recordar shows que a banda realizou por aqui em anos anteriores. “Estar estreando aqui é muito legal. Temos um carinho muito grande com a cidade”, destacou. O vocalista também elogiou o Som Aberto por sua proposta de democratização cultural: “Tem que tirar o chapéu. E pode contar com o Tianastácia sempre. É uma iniciativa maravilhosa, agradeço pelo convite e dou os parabéns à universidade”.

Parceria

Quem também se entusiasmou com o Som Aberto foi o produtor cultural Barral Lima, que desenvolve o Rock nas Universidades com o Tianastácia e trabalha ainda com vários artistas e bandas. Barral Lima já pensa em estreitar relações com o projeto da Procult para trazer outras atrações culturais ao evento: “Isso me abriu várias ideias e já falei hoje com o Beto [Campos, produtor do Som Aberto]. Vamos fazer várias coisas aqui em breve. Se não der para fazer esse ano, no outro, tenho certeza”, afirmou.

Público lotou a Praça Cívica (Foto: Twin Alvarenga)

Público lotou a Praça Cívica (Foto: Twin Alvarenga)

O produtor ressaltou a “extrema importância” de se oferecer opções interessantes para tirar as pessoas do ambiente virtual – das redes sociais, do celular, do game – para ver shows ao vivo, dança, teatro. “O espaço é muito legal e você vê que está lotado. Isso tinha que acontecer em todas as escolas. As pessoas hoje não saem de casa à toa, mesmo que não seja pago. Tem que ter um lugar legal, com gente legal. O som tem que ser legal, a infraestrutura tem que ser boa, as músicas, os artistas, tudo. Se não fizer como vocês estão fazendo, as pessoas não saem de casa. Você tem games, internet, Netflix, TV a cabo, todas as opções para não sair de casa.”

De fato, diversidade e boas opções culturais, artísticas, gastronômicas e um Grand Bazar com cerca de 80 produtores oferecendo itens artesanais diferenciados e exclusivos são a marca do Som Aberto, que chegou a sua nona edição confirmando sua capacidade de atrair um público de todas as faixas etárias. No sábado, além das bandas Tianastácia e Blend 87, a edição contou com o DJ Lucas Sidrach, a banda Pop For You, com Anne Jaenick e Lorena Fernandes se apresentando no Palco Cultural, o grupo Remiwl Base – que fez o público vibrar com sua apresentação de dança -, Déborah Lisboa, do espaço Amplitud, o cortejo do Gente em Primeiro Lugar e a capoeira do Mestre Cuité e seus alunos, além da Campanha Veterinários Solidários.

A próxima edição do Som Aberto já está confirmada para o dia 22 de julho.

Outras informações:

Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964