mestrado ciencias sociais

Leonardo Ribeiro Barbosa defendeu a dissertação no Instituto de Ciências Humanas da UFJF (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Um estudo de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSO), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), investigou a influência da indústria cultural na produção musical do Brasil. A pesquisa “MPB e indústria cultural: uma perspectiva sobre o desenvolvimento da sociologia da cultura no Brasil” foi apresentada na última quinta-feira, 22, pelo acadêmico Leonardo Ribeiro Barbosa.

De acordo com o pesquisador, o intuito deste estudo era verificar a possível existência de uma padronização da música popular brasileira, influenciada pelos conceitos teóricos da Escola de Frankfurt. “Estudamos o desenvolvimento da cultura do Brasil e fizemos um levantamento de todas as pesquisas que foram feitas no país, desde 1980. Durante esse período, surgiram as primeiras produções sobre o assunto, quando houve condições de existir o conceito de indústria cultural no Brasil e aumentou o mercado de bens de consumo.”

A partir disso, o acadêmico conseguiu identificar que este conceito foi apropriado pela academia brasileira para explicar a sociologia, a cultura e os fenômenos sociais encontrados no país. “Confirmei que existe de fato uma indústria cultural e que este conceito se aplica à produção musical no Brasil.”

O estudo apresenta um levantamento das pesquisas feitas, anteriormente, sobre esta temática. Neste sentido, segundo o acadêmico, a dissertação pode “servir como um meio para que outros pesquisadores saibam o que já foi pesquisado em relação a música e indústria cultural no Brasil, além de saber como os conceitos foram apropriados pela cultura brasileira.”

De acordo com o pesquisador, o estudo contribui para uma tomada de consciência acerca do mercado musical. “A pesquisa ajuda os leigos a enxergarem melhor esse processo de massificação da música e de replicação de sucessos, que chega a ser exaustiva e limita a liberdade crítica dos ouvintes e a participação do público. Ao olhar para o sertanejo, por exemplo, podemos ver que todos tocam a mesma coisa e, em alguns casos, não tem nem diferença na voz dos cantores e as letras também são bem parecidas.”

A professora orientadora da pesquisa, Maria Lúcia Bueno Ramos, esclarece que a produção musical incorporou os conceitos de indústria cultural e, neste sentido, passou a ser uma produção que segue a lógica industrial. “Ela já não sai mais de um autor só, mas passa por toda uma rede e uma divisão de trabalhos.”

Contatos:
Leonardo Ribeiro Barbosa (mestrando)
lleoribeiro@yahoo.com.br

Maria Lúcia Bueno Ramos (orientadora – UFJF)
marialucia.bueno@gmail.com

Banca Examinadora:
Profa. Dra. Maria Lúcia Bueno Ramos (orientadora – UFJF)
Profa. Dra. Rogéria Campos de Almeida Dutra (UFJF)
Prof. Dr. Paulo César Pontes Fraga (UFJF)
Prof. Dr. Marco Antônio de Almeida (USP)

Outras informações: (32) 2102-3113 – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSO)