O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou nessa segunda-feira, 24, a resolução para regulamentação do Programa de Assistência ao Educando do Colégio de Aplicação João XXIII. A iniciativa é considerada histórica, já que viabiliza a implantação do primeiro programa de assistência estudantil do Colégio.

O reitor da UFJF, Marcus Vinicius David, comenta a conquista. “Essa medida é importante porque reforça o sentimento de pertencimento do Colégio de Aplicação João XXIII à Universidade e dá consistência e sustentabilidade para a política de assistência estudantil para os nossos alunos do João. A decisão institucionaliza o Programa de Assistência Estudantil para os nossos alunos do João XXIII e vincula esse programa à política de assistência estudantil de toda a UFJF”, completa.

O Programa, vinculado à Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae), possui como princípios a equidade, a transparência, a gestão participativa, a integração com as atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFJF e a supremacia do atendimento às necessidades sócio-econômicas e educacionais.

“Ao aprovar a instituição do Programa e ao vinculá-lo à Proae, o Consu deixa muito claro o papel e o modo como é pensada a assistência estudantil na Universidade. É uma tentativa de superação dessa dicotomia de que os alunos do Colégio de Aplicação não fazem parte da UFJF. A aprovação desse programa tem esse significado, visto que coloca a Universidade como responsável por esta política”, argumenta a vice-reitora Girlene Silva.

As ações previstas na resolução visam implementar atividades continuadas que buscam a melhoria da vida acadêmica dos educandos, por meio de iniciativas integradas, otimizando recursos e projetos institucionais e concebendo novas estratégias de ações, sem assumir ou justapor-se aos demais suportes sociais, como a família, redes socioassistenciais e políticas públicas locais.

Para o pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas, a iniciativa reafirma a ligação institucional do Colégio com o restante do corpo universitário. “Nada mais justo e necessário do que um reconhecimento institucional, que foi sacramentado com a decisão do Consu, de apresentar um programa de assistência estudantil para essa outra parcela de estudantes que são da UFJF. Penso que foi um avanço muito grande, que já fazia parte da política que desejávamos mesmo antes de termos sido eleitos, de estarmos à frente da Universidade”.

Já a Coordenadora de Gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Laura Matos, que estudou no Colégio desde o ensino básico até o término do Ensino Médio, acredita que esta é uma conquista para os estudantes do João XXIII. “É a participação e a manutenção desses alunos ficando, de fato, democrática e justa. Antes eram apenas ações e atividades e não um pensamento a longo prazo, ampliado, estratégico, com olhar de uma política que devesse ser adotada pela instituição de forma a olhar diferentemente para condições sociais que se apresentam tão diversificadas no Colégio”.