Daniela Auad (Foto:

Daniela Auad recebe a honraria no dia 8 de março, em Belo Horizonte (Foto: Alexandre Dornelas)

A professora da Faculdade de Educação (Faced), Daniela Auad, tomará posse, no próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, como mulher de notório saber e de reconhecida atuação na promoção e defesa dos direitos das mulheres. A solenidade acontecerá no Palácio do Governo de Minas Gerais, com a presença do governador Fernando Pimentel.

Daniela foi eleita para a vaga de notório saber no Conselho Estadual da Mulher, órgão de participação da sociedade civil ligado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania do Governo de Minas Gerais, em prol de Políticas Públicas e outras ações. A vaga é ocupada por mulheres que atuam, de diferentes maneiras, nas produções artística, cultural e de conhecimentos em prol dos direitos das mulheres.

“É uma honra muito grande ser representativa das mulheres de Minas Gerais e poder lutar por nossos direitos. No meu caso específico, percebo que posso contribuir na luta pela igualdade de gênero também. Porque, no meu entender, os direitos das mulheres devem ser ampliados à população trans, às travestis e à mulheres lésbicas. Violência contra estes grupos, também, é violência contra a mulher,” explica.

Daniela é líder do Flores Raras, Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Feminismos, e acredita ser importante perceber como mulheres de movimentos feministas, LGBTs e negros estarão ocupando esses espaços de poder, para que nestes postos e circulando pelos palácios, não se tenha apenas os homens brancos heterossexuais cis. “Nós queremos todas as minorias sociais representadas, por que só assim conseguiremos fazer uma sociedade, de fato, democrática e um estado de Minas Gerais que possa, hoje em dia, nesse Brasil de retrocessos, ser um polo de resistência por excelência,” resume.

Observatório de Gênero e Raça

A professora Daniela Auad também participou da primeira reunião do Observatório de Gênero e Raça de Minas Gerais, na última quarta feira, 22. O encontro aconteceu na Cidade Administrativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e teve a participação de representantes de universidades e faculdades do estado. O Observatório foi criado em julho de 2016 e reúne ações de pesquisa em prol de políticas públicas, pela igualdade de gênero.

Proposto pelo governo do Estado, também por meio da Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, o Observatório visa organizar estudos sobre a situação das mulheres no mercado de trabalho e também a realidade em que elas vivem, levando em consideração todas as suas especificidades, como orientação sexual, raça, classe, geração e região. O projeto é um tripé entre governo, universidades e movimentos sociais.

A professora destaca que projeto compilará, ainda, quais os grupos de pesquisas das universidades públicas e particulares estão envolvidos com a temática, e quem são suas pesquisadoras. “Assim, em uma única instância, haverá maneiras de buscar forças, referências e companhia para essa luta rumo a igualdade de gênero e aos direitos da mulher, que é tão grande. Nos tempos que correm, isso não é pouca coisa”, conclui em crítica ao Governo Federal.