O Café Filosófico, projeto de extensão do Núcleo de Filosofia Pensando Bem, ligado ao Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF),volta às atividades no dia 13 de março. As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo e-mail do projeto (cafefilufjf@gmail.com). Coordenado pelo professor Juarez Gomes Sofiste, o projeto oferecerá o curso de “Introdução ao Filosofar”, que será dividido em dois módulos, sendo o primeiro de março a julho, e o segundo de agosto a dezembro.

O curso é gratuito, mas as vagas são limitadas e cada participante deverá custear o próprio material. Os encontros serão ministrados pelo professor Sofistes e pela psicoterapeuta analítica Rosângela Rossi. A cada 15 dias, às segundas-feiras, os alunos se reunirão na Biblioteca Redentorista, localizada no Morro da Glória, para debater temas diversificados à luz da filosofia. A Pró-reitoria de Extensão (Proex), da UFJF, emitirá certificado de participação (60 horas) ao final de cada módulo.

O Café Filosófico é uma iniciativa que nasceu na Europa, onde as pessoas se reuniam em cafés para debaterem assuntos politizados das grandes questões da vida, fugindo de temas triviais como o tempo e o futebol, por exemplo.Em Juiz de Fora, o Café completa 11 anos e, nesse tempo existência, dezenas de pessoas participaram dos encontros promovidos por ele.

O estudante de Direito e bolsista do projeto, Juber Pacífico, conta que participar do grupo é importantíssimo, porque abre um leque de possibilidades de discussões que as pessoas não têm no dia a dia. “Todos que participam, sempre, apresentam o mesmo olhar: de que é importante essa oportunidade para colocar temas filosóficos em discussão. A maioria dos participantes não são alunos da Universidade, o que é muito bacana, ou seja, é um projeto da sociedade de Juiz de Fora voltado para a comunidade juiz-forana. O projeto mostra que filosofia não é só aquela dada em sala de aula, mas também aquela da vivência, do cotidiano. São os temas que a gente nunca pensou que possibilitassem o filosofar”, completa o estudante.

O professor Juarez Gomes Sofiste ressalta que a ideia de pensar um curso em uma biblioteca, livraria ou café, é justamente para fugir do ambiente universitário e quebrar o clima acadêmico. “Nas reuniões, em geral, as pessoas ficam muito no achismo, no campo da opinião, na superfície das conversas. O Café Filosófico não é uma palestra ou uma aula, mas sim uma discussão que a partir dela a gente começa a construir o conhecimento coletivamente,” salienta.

“A tentativa é de afunilar, aprofundar e tematizar melhor as questões que serão discutidas. O método que vai ser usado é a investigação dialógica, na qual nós buscamos construir o conhecimento em dois princípios pedagógicos, metodológicos e científicos: diálogo e investigação. Esse diálogo, como princípio pedagógico, faz toda a diferença. Inclusive a grande beleza desse método é aprender a dialogar,” pontua Sofiste.