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Escola Superior em Síntese Orgânica será sediada pela primeira vez em Minas Gerais (Foto: Caique Cahon)

Em sua sexta edição, a Escola Superior em Síntese Orgânica (Esso) chega pela primeira vez a Minas Gerais. Durante os dias 30 de outubro e 2 de novembro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) receberá docentes, pesquisadores da iniciativa privada, doutorandos e pós-doutorandos que se reunirão em palestras, grupos de estudos e minicursos para debater questões relacionadas à indústria química brasileira e internacional.

A Esso, que começou em São Paulo e também já passou pelo Rio de Janeiro, tem como objetivo gerar uma aproximação entre a academia e as indústrias química e farmacêutica. “O evento foi criado com a intenção de minimizar essa distância, já que em países de primeiro mundo isso acontece há anos. Em sua maioria, a pesquisa básica desses países está nas empresas e aqui não”, explica o professor do Departamento de Química da UFJF, Giovanni Amarante.

Além das atividades, os 80 participantes da Esso também terão contato com um equipamento de cromatografia que será disponibilizado pela Autec, empresa patrocinadora do evento. “Esse equipamento faz, de uma maneira muito eficiente, separações que apresentam grande dificuldade nos moldes atuais, na forma como fazemos nas universidades”, explica o professor Amarante. Ao longo do evento, serão feitas demonstrações e a empresa convocará os doutorandos e pós-doutorandos para trazer problemas de separação que possam ser solucionados pelo equipamento.  

Grupos de estudos

Para inovar e aproximar os pesquisadores dos alunos, serão realizados grupos de estudos com o objetivo de discutir e encontrar soluções para problemas com temáticas importantes para a área. Ao todo, serão formados seis grupos que terão como porta-vozes os doutorandos e pós-doutorandos participantes, visando uma interação maior durante todo o evento.

Dentre os temas a serem debatidos, está o uso sustentável de Dióxido de Carbono, as reações orgânicas clássicas aplicadas à indústria, que são muito utilizadas do ponto de vista acadêmico, e a preparação de carbonato de glicerol, que está presente na indústria de química fina. “São temas relevantes para a atualidade. Serão preparadas apresentações e uma obrigatoriedade é que essa apresentação seja feita pelos alunos”, comenta o professor Amarante.

Palestras e minicursos

Além dos grupos de estudos, a Esso também contará com palestras e minicursos realizados por grandes pesquisadores e profissionais da área. Na abertura do evento, o professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Carlos Alves de Oliveira, trará o tema “Reciclagem de rejeitos da Indústria: do laboratório para o mercado”, enfatizando a questão da transferência de tecnologia acadêmica para o setor industrial.

Como destaques, há também dois minicursos internacionais que visam trazer para o Brasil temáticas que debatem os dois universos, acadêmico e industrial. No dia 31 de outubro, o membro do Conselho da Indústria Química na Europa (CEFIC – European Chemical Industry Council) Flávio Luiz Benedito apresentará o tema “Expandindo os horizontes profissionais – estratégias e oportunidades de carreira além da área acadêmica”. No dia 1º de novembro, um dos diretores de laboratório da Bayer CropScience, Jean-Pierre Vors, foi convidado a tratar dos agroquímicos no minicurso “A importância geral de agroquímicos: a exploração de compostos heterocíclicos como agroquímicos e processos envolvendo biossíntese”.

Outras informações podem ser conferidas pelo site ou pelo e-mail viesso2016@gmail.com.

Confira aqui a programação completa.