A Conjuntura e Mercados Consultoria, projeto de extensão vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), divulgou os novos resultados do Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem) referente ao mês de julho deste ano.

Criado em 2016, o indicador é responsável por monitorar mensalmente a evolução da economia em todos os 853 municípios mineiros, a partir de aspectos relativos a mercado de trabalho, comércio exterior, renda e crédito (movimentação bancária) e arrecadação de impostos. Os resultados obtidos podem auxiliar na formulação de políticas de desenvolvimento regional e na tomada de decisão para a realização de investimentos privado, fornecendo informações para agentes públicos, investidores, pesquisadores, jornalistas e o público em geral.

Mais depósitos
Segundo o indicador, Barbacena, no Campo das Vertentes, voltou a figurar entre as economias com maior nível de atividade econômica do Estado, o que não ocorrida desde abril deste ano. A cidade saltou da 46ª posição, em junho, para a 40ª em julho. Isso decorre do aumento do Índice de Atividade Bancária do município, incentivado pelo aumento dos depósitos à vista por parte do Governo.

Na mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, enquanto o mercado de trabalho apresentou resultados negativos no saldo de empregos da região, o município de Sete Lagoas exprimiu um ganho de posição do Iaem, devido ao aumento na geração de postos de trabalho. A cidade foi beneficiada com saldo positivo de empregos no setor de Agricultura. Entretanto, apesar do bom resultado de Sete Lagoas, entre as cinco maiores economias do estado de Minas Gerais – em termos de PIB do ano de 2013 –  a cidade de Belo Horizonte foi a única que apresentou alta no Iaem.

Queda em JF
O município de Juiz de Fora registrou perda de abertura externa e queda na arrecadação de impostos, quando comparado ao mês de junho. A principal razão, segundo o Iaem, foi a diminuição das importações de produtos minerais, que registraram queda de 60,37% em comparação ao mês anterior. Na arrecadação, o principal motivo para a queda foi a redução na arrecadação do ICMS agrícola e nos repasses do IPVA, que registraram queda de 54,44% e 21,1%, respectivamente, quando comparado a junho.

Ubá, na Zona da Mata, segue sofrendo com a crise na indústria de confecções e moveleira da região. Nos sete primeiros meses do ano, o município acumula a perda de 264 postos de trabalho. Ainda na Mata Mineira, os municípios de Viçosa, Muriaé, Santos Dumont, Visconde do Rio Branco e Leopoldina foram destaque com ganhos de posição no ranking. O crescimento de Viçosa foi motivado pelo Índice de Abertura Externa (IAE), que captou os resultados das importações nos setores de agricultura e manufatura. Isso se deve ao aumento no número de pesquisas e parcerias realizadas pela Universidade Federal de Viçosa.

Em Leopoldina, o deslocamento do Iaem é explicado a partir da variação positiva no mercado de trabalho, tendo a indústria manufatureira como principal geradora de postos de trabalho.  O município apresentou saldo de empregos positivo para os setores de Agricultura, Mineração e Manufatura, enquanto manteve um desempenho negativo no setor de Serviços. Em junho, todos os setores produtivos apresentaram queda no saldo de empregos.

Os resultados do Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem) para os demais municípios do estado de Minas Gerais podem ser encontrados na Nota Metodológica do Indicador de Atividade Econômica Municipal.