O Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está com um edital aberto para seleção de novos negócios que estejam alinhados com a proposta de suporte oferecido pela Incubadora de Base Tecnológica da instituição. Esta é a primeira vez que o Centro lança um edital contínuo – que permite a submissão de propostas de forma atemporal. Hoje, estão disponíveis cinco das 14 vagas existentes para residir no espaço físico do órgão, mas esse número deve variar ao longo do tempo na medida em que as empresas atualmente incubadas concluem o processo.

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Empresas receberão suporte gerencial para amadurecerem e chegarem mais fortes no mercado. (Foto: Caio Condé/UFJF)

Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, cujo objetivo seja o desenvolvimento de produtos e/ou processos por empresas já existente ou a serem criadas. O processo será constituído por três etapas, todas de caráter eliminatório e classificatório. A primeira é a apresentação da pré-proposta, na qual a equipe da Incubadora avaliará os documentos apresentados pelo proponente para verificar se há inovação e base tecnológica. Essa avaliação será repassada ao diretor do Critt/UFJF, que dará o aval para classificação desta como “apta” ou “não-apta”.

Já na segunda etapa, os selecionados devem entregar e apresentar um Plano de Negócio para uma banca examinadora, formada por consultores externos e internos ao Centro. Esse plano deverá prever uma proposta inovadora; a delimitação detalhada da ideia de parceria em pesquisa, desenvolvimento e inovação com a UFJF ou outros Institutos de Ciência e Tecnologia; e mecanismos de envolvimento com o meio acadêmico e técnico, seja através de convênios ou contratos com pesquisadores e alunos da Universidade.

As propostas serão avaliadas sob sete aspectos: inovação, pesquisa e desenvolvimento; negócio; mercado; viabilidade financeira; perfil dos empreendedores; aspecto técnico; e apresentação geral. Os proponentes melhor classificados serão selecionados para a terceira e última etapa: uma avaliação do perfil do sócio-gerente do negócio, onde serão observadas as dez características do comportamento empreendedor. Para ser aprovado, o candidato deve atingir média maior ou igual a 60% em, no mínimo, seis de tais características avaliadas.

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Em setembro, empresários participaram de rodada com entidade de fomento (Foto: Lucas Guedes/UFJF)


Dinamicidade e independência

Para o diretor de Inovação da UFJF, Ignacio Delgado, o processo de incubação é fundamental enquanto instrumento de conversão do conhecimento gerado pelas instituições de ensino. “Os talentos que a Universidade forma são transformados em empreendimentos que renovam o comportamento empresarial na cidade, inserindo, neste cenário, agentes que coloquem a inovação no centro da sua estratégia competitiva”, destaca.

“Educamos uma nova geração empresarial, na qual se expresse esse espírito inovador”, enfatiza Delgado. “Além disso, é uma forma de mostrar ao empresariado tradicional que existem formas de sobreviver que não por atalhos, como a redução do custo de trabalho e a degradação do meio ambiente. Consequentemente, também estimulamos uma economia mais dinâmica e que reduza a dependência brasileiro em relação à tecnologia estrangeira”, pontua.

Para o diretor de Inovação da UFJF, a entrada de novos negócios no processo de incubação também é positiva para a agenda de pesquisa universitária, uma vez que ele promove a aproximação entre os dois mundos. “Pessoas que não são da Universidade, que venham a incubar suas empresas no Critt/UFJF, passam a ter contato com todas as expertises que a instituição pode oferecer, além de se qualificarem, de forma a se tornarem gestores melhores”, afirma.

De acordo com o gerente de Empreendedorismo do Critt/UFJF, Leonardo Frossard, as incubadoras de Base Tecnológica têm um importante papel no desenvolvimento de negócios inovadores, oferecendo infraestrutura, serviços especializados e assessoria em gestão. “Um estudo realizado este ano pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que as incubadoras têm um impacto de R$ 15,2 bilhões e empregam mais de 53 mil profissionais”, aponta.

Embora não seja exigido que, no momento da seleção, a empresa esteja legalmente constituída, o cumprimento dessa exigência será necessário para a assinatura do Contrato de Incubação entre a UFJF e a empresa incubada. O prazo de incubação será de até 36 meses, prorrogáveis no limite máximo de 60 meses, com a excepcionalidade de extensão desse prazo por mais 12, nos termos da Lei e mediante condições especificadas no Contrato de Incubação.

Outras informações: (32) 2102-3435 – Ramal 204 (Setor de Comunicação e Marketing do Critt/UFJF)

Clique aqui e confira outras orientações sobre como participar do processo seletivo.