(Foto: Caique Cahon)

Ao contrário da criptografia, que serve para segurança e proteção de contas e senhas, os Códigos Hermitianos Generalizados são estudados para comando em dispositivos (Foto: Caique Cahon)

Oscar Jhoan Palacio Marin, aluno do Mestrado Acadêmico em Matemática, defendeu, nessa quinta, 23, a dissertação “Códigos Hermitianos Generalizados”. Orientado pela professora Beatriz Casulari, Marin mergulhou no campo algébrico estudando os códigos corretores de erros, que calculam distâncias mínimas para que uma mensagem seja transmitida de maneira segura e correta. De acordo com o mestrando, muitos pesquisadores no mundo tentam encontrar códigos que façam coisas com distâncias mínimas razoáveis e este foi o objetivo da sua pesquisa.

“Quando fiz minha graduação pela Univerdad del Tolimo, tive muito interesse pela álgebra, poucas pessoas trabalham com ela. Após conversar com a professora Beatriz, me interessei ainda mais pelo assunto. Algumas dessas distâncias são impossíveis de ser calculadas. A gente teve dificuldades o tempo todo porque, às vezes, as contas não batiam, davam errado. A gente trabalhou e conseguiu chegar a algumas distâncias mínimas particularmente especiais”, explica.

Segundo a orientadora, diferente da criptografia, que serve para a proteção e segurança de contas e senhas; os Códigos Hermitianos Generalizados são estudados para comando nos mais diversos dispositivos; e a ideia é corrigir as falhas nas mensagens que podem levar os aparelhos a terem um mau funcionamento. Um exemplo é quando um cd não toca uma música gravada ou pula a sequência. Os estudos destes códigos podem solucionar estes problemas.

“Ainda é uma teoria, mas é muito promissora, não se tem exatidão de todas as possíveis aplicações, mas tais códigos já foram utilizados pela Nasa em astronaves que estavam fora da órbita terrestre. Explorando melhor a área, espera-se que a sociedade utilize tais códigos no desenvolvimento de novas tecnologias,” pontua Beatriz.