Esta é a segunda vez que a entidade Seguidores do Bem é selecionada para o Trote (Foto Caíque Cahon)

Grupo visita a instituição Seguidores do Bem para conhecer melhor os processos e propor soluções para os problemas (Foto Caíque Cahon)

Além das atividades acadêmicas previstas na grade curricular, os calouros de Engenharia de Produção da UFJF estão este semestre aplicando suas habilidades em benefício do próximo. Trinta e um estudantes participam do Trote Solidário do curso, que ajuda instituições sociais a melhorarem seus processos produtivos.  A iniciativa é organizada pelos veteranos do segundo período em parceria com a Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção (Seepro).

Este ano as instituições escolhidas foram: Seguidores do Bem (SEBE), Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Casa São Camilo de Lélis, Pousada da Paz, Sociedade Beneficente Sopa dos Pobres e Associação Metodista de Ação Social (AMAS). As atividades se iniciaram no dia 30 de maio e serão finalizadas no dia 1º de julho, com apresentações finais dos projetos previstas para 4 e 7 de julho.

O Trote Solidário é uma atividade que compõe a matéria de Contexto e Prática de Engenharia de Produção I. Os alunos que acabam de ingressar na faculdade são divididos em grupos e cada um deles fica responsável por uma das instituições escolhidas. Cada grupo tem três orientadores que os auxiliam no desempenho das atividades, que não têm como objetivo arrecadar doações, mas de dar consultoria e aplicar conceitos relacionados à engenharia de produção.

Os calouros fazem primeiro uma visita à instituição, com o objetivo de conhecer a história e os problemas enfrentados. Após o reconhecimento do local, o grupo deve se reunir e criar um plano de ação para melhorar a situação da organização, observando quais ideias são viáveis. Criação de novo layout para um determinado espaço de trabalho e estratégias de marketing para divulgação da instituição são exemplos de propostas. Com a decisão tomada, os participantes devem apresentar seu projeto de melhoria para o responsável da associação e, caso aprovado, o grupo poderá colocar o plano em prática. O projeto dura cinco semanas.

“Além de ter a oportunidade de entender, na prática, alguns conceitos básicos da Engenharia de Produção logo no 1º período do curso, o fato de estar em contato com uma realidade diferente fez com que eu valorizasse pequenas coisas que passam despercebidas no dia a dia”, diz a estudante do 2º período Naiane Paiva.

A assistente social da Seguidores do Bem, Eleni da Silva Pires, avalia de forma positiva o trabalho dos alunos. “Essa assistência prestada é diferente da habitual, feita por meio de doações. Ela vem ao encontro de necessidades muito importantes para o planejamento e organização da entidade.” A instituição já havia participado do projeto anteriormente e Eleni conta que, na época, os estudantes apresentaram uma nova proposta de organização para a despensa onde eram armazenadas as doações. “Foi algo que ajudou demais no nosso dia a dia.”