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Em termos simplificados, a energia proveniente da luz do Sol é convertida em eletricidade pelos painéis solares fotovoltaicos, devido ao efeito fotoelétrico explicado pelo físico alemão Albert Einstein. Os painéis são combinados em cadeias e arranjos, a fim de aumentar o nível de tensão e de corrente que alimenta o barramento CC do inversor, que condiciona a eletricidade gerada, isto é, transforma as tensões e correntes em CC para tensões e correntes em CA, sincronizadas com as tensões da rede elétrica da concessionária. O inversor eletrônico de potência, também conhecido como conversor CC-CA, apresenta um algoritmo de rastreamento de máxima potência que assegura que os arranjos de painéis solares fotovoltaicos a ele conectados convertam de maneira otimizada a energia proveniente do Sol. Além destas duas funções, há um algoritmo de detecção de ilhamento que, quando identifica uma interrupção no fornecimento de eletricidade pela concessionária de energia, interrompe automaticamente a injeção de potência na rede elétrica para evitar risco de acidente às equipes de manutenção do sistema elétrico ou usuários.

A Usina Solar Fotovoltaica de Juiz de Fora, também denominado de Laboratório Solar Fotovoltaico da UFJF (LABSOLAR) foi construída com recursos da FINEP, oriundos do edital CT-Infra de 2001. Atualmente é a maior usina experimental em instituição de ensino e pesquisa situada no Brasil, pois apresenta capacidade instalada de aproximadamente 30 kWp (quilo-watt-pico) produzida a partir de 264 painéis fotovoltaicos de 120Wp cada, agrupados em 11 arranjos independentes. Em 2010, com o apoio financeiro do INERGE (INCT de Energia Elétrica) foram adquiridos três conversores CC-CA monofásicos, 5 kW cada, que possibilitam a geração contínua de eletricidade durante o período diurno. Estes conversores são conectados em delta e injetam até 15 kW de potência na rede elétrica da universidade e um sistema supervisório possibilita monitorar o funcionamento da Usina.

O LABSOLAR está operando como uma usina há mais de dois anos e neste período já foram produzidos aproximadamente 52 MWh de energia, evitando  que 36 toneladas de CO2 fossem produzidas se fosse utilizada uma fonte de combustível fóssil. Além de usina, o LABSOLAR funciona como um laboratório destinado à produção de pesquisas científicas e tecnológicas, principalmente para o desenvolvimento de conversores estáticos de potência que condicionam a energia elétrica gerada pelos painéis solares fotovoltaicos.