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André Pires

Foto de André Pires

AUTORRETRATO

Nasci em 28 de novembro de 1949, numa família de músicos.

O pai de meu pai tocava tuba numa banda civil, um irmão dele era cantor de rádio. Minha avó e seis tias maternas, sem exceção, tocavam todas algum instrumento. Minha mãe, Lourdes, era professora de acordeon e piano: ao me dar à luz, deu-me igualmente ao som…

Embora tendo nascido em Campos dos Goytacazes – Rio de Janeiro, declaro-me mineiro, porque meu avô me garantiu que gato que nasce no forno não é biscoito, é gato.

Minha estréia nos palcos deu-se aos quatro anos, ao me apresentar no palco do cine Taboada, em Macaé, solando duas peças ao acordeon. Daí em diante tomei gosto pela coisa e continuei atuando em palcos brasileiros, latino-americanos ou europeus para fazer recitais de piano e órgão, solar concertos, reger orquestra ou coral, fazer música de câmara e participar de shows de MPB. Compus peças originais e escrevi arranjos, gravei LPs e CDs.

Nunca reneguei minha herança didática: andei por aí e por aqui me arriscando no ensino de piano, teoria, análise, órgão, história da música, estética, canto coral, até mesmo regência…

Possuo o Doutorado em Música concedido pela UNIRIO, mas o Mestrado em Música e a Graduação em Piano ocorreram na Escola de Música da UFRJ. Nos sete meses em que estive na Alemanha como bolsista da KWU (1980-81), fiz especialização em órgão.

Minha vida profissional me trouxe do Rio a Juiz de Fora, porém nesse intermédio passei por Tiradentes, Mariana e São João del-Rei. Nessa caminhada conheci e me debrucei sobre a obra de três compositores mineiros: Manoel Dias de Oliveira (Tiradentes, XVIII), Presciliano Silva (São João del-Rei, XIX) e Francisco Valle (Juiz de Fora, XIX).

Não me perdoaria se não mencionasse alguns nomes-bússola em minha formação musical além do de minha mãe, que já citei: Homero Magalhães, Antônio Guedes Barbosa, Arnaldo Estrela, Walter Greb e Myriam Dauelsberg. Vários outros tiveram enorme importância para mim, mas não caberia aqui citar todos.

Aposentei-me em 2016 depois de 36 anos de trabalho no magistério e de 10 anos à frente do Coral da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Sou flamengo bissexto, voto pela esquerda e tenho um compromisso inarredável com a felicidade. Há 39 anos tenho Luiza Guimarães como companheira de vida e com ela partilho o orgulho e as alegrias trazidos pelos filhos André Monteiro e Roberta Pires (in memoriam), e por nosso neto Miguel…

 

Currículo Lattes de André Pires (abre em nova guia)