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Trabalhador é mostrado no Forum da Cultura

           “Trabalhadores” é a exposição de março, no Museu de Cultura Popular, do Forum da Cultura da UFJF. A representação do trabalho sobre o ponto de vista do artesão brasileiro e português traça o caminho do rural ao espaço urbano.

            São 67 peças de estatuária feita em barro e cerâmica, algumas assinadas pela prole do mestre Vitalino. O público poderá visitar o espaço até o dia 31 de março, de segunda a sexta-feira, das 14 às 20h30. A entrada é gratuita. O Forum da Cultura está situado na Rua Santo Antônio, 1112, no Centro.

 

Arte e ofícios

            Os pequenos bonecos em barro cru ou pintado demonstram a perspicácia destes artistas encontrados em feiras nordestinas ou em estabelecimentos dedicados à cultura popular. Seu olhar sobre o camponês, que tira sua subsistência de um trabalho especializado, promove uma ligação com o meio geográfico onde ele habita. Assim, temos o pescador das margens do São Francisco; o lenhador que retira da natureza o material para execução de movelaria, cercas e combustível para fogueiras e fogão; e o agricultor que vende seus produtos em feiras livres.

Web-Trabalhadores_Cerâmica-pintada_Caruaru-(PE)_Foto-Franciane-Lúcia

Trabalhadores; Cerâmica pintada; procedência Caruaru- PE (Foto Franciane Lúcia)

            Do conjunto se destacam peças em cerâmica portuguesa pintada com brilho especial, feita por artistas lusitanos, representando militares da cavalaria. Temos ainda, as profissões urbanas destacando-se os profissionais da saúde como dentistas, médicos e veterinários. Em pequenas representações encontramos o jornalista e a secretária.

            A arte está representada por um conjunto de pequenos cantores dirigidos por um religioso sentando diante de um órgão e circundado por uma orquestra de pequenos frades e freiras. A música regional está assinalada pelos profissionais das bandas de pífaros, tão comuns no nordeste brasileiro, além dos músicos que animam as bandas de forrós, nos bailes perfumados, nas terras de Lampião.

            As profissões tidas como femininas em pequenos centros são representadas pelas rendeiras tecendo seus produtos em almofadas de bilros, e a costureira que executava seu trabalho sendo chamada de modista. A guerreira do lar tem representação nas atividades laborais dos afazeres domésticos como a cozinheira, a passadeira e a mulher que faz biscoitos para vender. A ordenha de leite é representada na obra de Josefina Tristão Magalhães, mostrando a importância do trabalho que marca o estado Minas Gerais como grande produtor de leite. O conjunto retrata um Brasil que dignifica o trabalhador brasileiro.