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História da Cdara

Coordenadores da CDARA 

Mussolini Sutana Fernandes (atual)

Helenilson da Fonseca e Silva

José Fonseca Marangon (09/10/06 a 10/04/16)

José Fonseca Marangon (30/03/04 a 04/09/06)

Emilia Maria Fernandes Bastos (01/10/02 a 29/03/04)

Daltiva Luiza de Assunção Mancini  (15/10/98 a 10/09/02)

 

Diretores do DARA  

Daltiva Luiza de Assunção Mancini  (01/04/97 a 14/09/98)

Carolina Angélica Rodrigues Pimentel (03/09/94 a 17/03/97)

Emilia Maria Fernandes Bastos (08/11/93 a 02/09/94)

Maria Theresa Guedes Barra  (16/08/89 a 26/10/93)

José Ventura (14/01/76 a 15/08/89)

 

Criação

O sistema de registro acadêmico unificado nas Universidades Brasileiras nasceu com a Reforma Universitária estabelecida pela Lei nº 5.540, de 28 de dezembro de 1968. A Universidade Federal de Juiz de Fora, criada pela Lei nº 3.858, de 23 de dezembro de 1960, já estava estudando sua reforma desde 1966, face o disposto nos Decretos Leis nºs 53/66 e 252/67. Em 21 de junho de 1968, pelo Decreto nº 62.883, o Senhor Presidente da República aprovou o Plano de Reestruturação da Universidade.

 

Com o advento da Lei acima citada, os trabalhos foram acelerados e em 13 de fevereiro de 1969, pelo Parecer nº 98/69, o Conselho Federal de Educação aprovou a reestruturação da Universidade. Estava implantada a tão almejada Reforma Universitária. Iniciava-se uma nova era de muito trabalho, progresso e realizações. A reforma determinou:

1-Nova Estrutura.

2-O regime de crédito e de matrícula por disciplina.

3-Desvinculação dos Professores de suas cátedras, vinculando-os aos Departamentos.

4-Centralização administrativa e Acadêmica.

 

Criação Da Secretaria Geral Dos Cursos

Considerando-se que a toda a estrutura da Universidade já estava preparada e seu projeto de reforma já aprovado, o Conselho Universitário aprovou no dia 22 fevereiro de 1969, nos termos da Resolução nº 06/69-CONSU, a Secretaria Geral dos Cursos , estabelecendo em seu artigo 1º as seguintes competências:

a)organizar, executar e prestar informações sobre matéria de sua competência;

b)executar os trabalhos de correspondência;

c)organizar e manter os arquivos, inclusive de microfilme;

d)elaborar dados estatísticos;

e)publicar catálogos Geral e de Cursos;

f)coordenar a elaboração e publicação do Calendário Escolar;

g)coordenar a elaboração dos horários de aulas e publicá-los , observando a carga horária aprovada;

h)organizar e realizar concursos vestibulares;

i)superintender e executar os serviços de admissão e matrículas;

j)executar o registro acadêmico (elaboração sistemática de histórico escolar);

k)expedir e registrar certificados, títulos e diplomas;

l)apresentar o relatório geral de suas atividades;

m)programar as formaturas;

n)manter atualizado o registro de leis e de normas estatutárias e regimentais.

 

Como se verifica, eram muitas as atribuições da Secretaria Geral dos Cursos. Em março de 1969, através da Portaria nº 13/69, do Reitor Gilson Salomão, foi designado o economista Sr. José Ventura como Chefe da nova Secretaria, enquanto exercia, também o Cargo de Secretário da Faculdade de Economia. Em 27 de fevereiro de 1970, o Sr. José Ventura foi nomeado Secretário Geral dos Cursos, exercendo-o até 1º de agosto de 1989.

 

As funções da Secretaria Geral dos Cursos estavam restritos aos cursos da nova estrutura da Universidade, ou seja os alunos dos Institutos Básicos:

 

A-Instituto de Ciências Biológicas e Geociências.

B-Instituto de Ciências Exatas.

C-Instituto de Ciências Humanas e de Letras.

 

A Secretaria se instalou, provisoriamente, nas dependências da Reitoria e foram recrutados os funcionários da Faculdade de Economia Marisa Rubioli Lott e José Antonio Benedito e da Faculdade de Medicina Maria do Carmo Menezes e Diva Paschoalino de Castro.

 

A principal novidade foi a adoção do regime de crédito e a matrícula por disciplina. Não havia, ainda, um programa de computador. As primeiras matrículas, em 1969, foram feitas manualmente e as listas de chamadas impressas através de mimeógrafo.

 

A fim de melhor gerenciar o novo modelo, foram indicados ao professores Murillo Gonçalves do Amaral e Fernando Antonio Rainho Thomaz Ribeiro para fazerem um curso de dois meses na Universidade de Houston, Texas , EUA, sobre o regime de crédito e de matrícula por disciplinas.

 

Ao retornarem, os professores compartilharam com o Secretário Geral, Sr. José Ventura, todo o material lá recebido. Com base nesses documentos e, principalmente, com base nos registros observados na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Universidade de Santa Catarina e Universidade de Goiás, o Sr. José Ventura implantou o registro acadêmico da Universidade Federal de Juiz de Fora, que vigora até hoje, servindo de modelo para outras instituições.

 

Em março de 1970, com o inicio do funcionamento do Instituto de Ciências Biológicas e de Geociências, a Secretaria Geral dos Cursos passou a ocupar o segundo andar do primeiro prédio do Instituto e lá permaneceu até abril de 1975, transferindo-se neste ano para o prédio da Biblioteca Central, ocupando uma vasta área.

 

Durante o mandato do Reitor Gilson, até setembro de 1972, o gabinete da Secretaria Geral dos Cursos foi utilizado pelo Reitor para acompanhar a implantação do registro acadêmico e a construção do construção do Campus da UFJF.

 

O novo modelo de registro acadêmico era centralizar e a Secretaria Geral dos Cursos era responsável pela execução de praticamente todas as práticas inerentes ao registro acadêmico, tais como:

1-elaboração dos horários de aulas.

2-realização das matrículas.

3-emissão das FAEs (Ficha de Aproveitamento Escolar).

4-impressão das provas

5- impressão do material didático complementar.

6-registro das notas;

7-emissão dos históricos escolraes.

8-emissão e registro dos certificados e diplomas.

9-organização e aplicação dos concursos vestibulares.

10-organizar e acompanhar todos os concursos para docentes, atrves de delegação expresso do Reitor Gilson Salomão.

Outras…

 

No período de 1970 a 1972 foram realizados mais de uma centena de concursos para o preenchimento dos cargos de Professor Auxiliar, Professor Assistente e dois para Professor Titular.( Professores Murillo Gonçalves do Amaral e João Martins Ribeiro).

 

A partir do ano de 1970, o registro acadêmico (Concurso Vestibular, matrícula e registro de notas) passou a ser feito pelo Centro de Processamento de Dados, através do computador IBM – 1130. Apesar da introdução do computador, o trabalho aumentava, na medida em que a UFJF crescia.

A Secretaria Geral dos Cursos respondia, ainda, pela Secretaria do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão –CEPE que, com o início da implantação da reforma Universitária , teve muitas reuniões mensais , gerando inúmeras resoluções. Em 05 de setembro de 1972, o então Secretário Geral dos Cursos foi nomeado Secretário Geral da Universidade.

 

Transformação Em Departamento De Assuntos e Registros Acadêmicos – DARA

Tendo em vista a vertiginosa expansão da UFJF, o Conselho Universitário aprovou uma nova reestruturação administrativa da universidade. A Secretaria Geral, foi transformada em Departamento de Assuntos e Registros Acadêmicos, conforme a Resolução nº 20/74, de 06 de setembro de 1974. O novo Departamento foi contemplado com duas Divisões e seis seções administrativas. Atrvés da Resolução nº 02/75, do mesmo Conselho,  que aprovou o novo Regimento da Reitoria, o Departamento de Assuntos e Registros Acadêmicos  passou a integrar a área de Coordenação da Reitoria e mereceu amplo detalhamento através dos artigos 36 a 41 do Regimento.

Em consequência da transformação, o Secretário Geral da Universidade foi nomeado, pela Portaria nº 191, de 10 de dezembro de 1975, do Magnífico Reitor, Diretor do Departamento de Assuntos e Registros Acadêmicos, respondendo, também, pela Secretaria Geral da Universidade. Os primeiros Diretores de Divisão e Chefes de Seções foram indicados pelo diretor do Departamento e nomeados pelo Reitor, compondo a primeira estrutura administrativa do DARA.

Devido à expansão das atividades do DARA, em 1977 foi desativado o serviço de mecanografia, passando o trabalho a ser executado pelas secretarias das unidades acadêmicas. A elaboração de horários e matrículas passou a ser atribuição dos coordenadores de curso, sob a supervisão do DARA.

Em julho de 2005, a Reitora Maria Margarida Martins Salomão transferiu a Reitoria do Centro da cidade para o Campus, ocupando uma vasta área do prédio da biblioteca Central. Com a mudança, a Coordenadoria foi transferida para o prédio do CPD, onde se encontra até hoje.

Com a mudança física, o setor de atendimento público foi desmembrado da CDARA e transferido para a Central de Atendimento da UFJF, que funciona no prédio da Reitoria.

O objetivo da descentralização foi propiciar um atendimento centralizado a todos os usuários da UFJF, seja o público externo ou interno.

 

Transformação em Coordenadoria

Visando uma nova dinâmica e mais agilidade nas ações administrativas da UFUJ, em 1998 os Departamentos Administrativos foram transformados em Coordenadorias, as Divisões em Gerências e as Seções em Subgerências. O DARA passou então a ser denominado Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos, sendo contemplado em 2006 com mais uma Gerência: Gerencia de Pós-graduação e Educação à Distância.

 

Registro Especial

Em abril de 1975 a Universidade recebeu a visita do Prof. Rudolph P. Atcon, Especialista Principal – Educação Superior , da Organização dos Estados Americanos, acompanhado do Dr. Simon Espinosa Cordeiro , Diretor do Departamento de Planejamento da Universidade Católica do Equador e mais dois Professores da mesma Universidade. Após sua visita , a Secretaria Geral recebeu o seguinte ofício:

Washington, D.C., 14 de maio de 1975

Muito apreciado Senhor Ventura

De volta à Washington e. por fim, com tempo para dedicar-me à minha correspondência pessoal, quero expressar-lhe minha satisfação e meus agradecimentos pelo vi na sua “Secretaria Geral”, isto é , no seu Registro Central que me impressionou mesmo. Vou querer saber mais, no futuro dos detalhes de seu sistema que, do que pude depreender aquela manhã da nossa visita com os ilustres visitantes do Equador, parece corresponder às necessidades do momento, e não só para a UFJF.

Meus parabéns e até o próximo encontro.

Cordialmente

Professor Rudolph P.Atcon.

Em 15 de abril de 1975, o mesmo Dr. Simón Espinosa Cordeiro oficiou a Universidade, externando sua enorme impressão com a com a praticidade, funcionalidade e eficiência do sistema implantado na UFJF.

O sistema de Registro Acadêmico, sob a responsabilidade do Departamento de Registros e Assuntos Acadêmicos – DARA, foi apresentado em Seminários realizados em Viçosa, Belo Horizonte e Brasília. Em todas as apresentações foi elogiado e sem maiores críticas. Por indicação do Prof. Arcélio Santin, à época Secretário Executivo do Ministério da Educação, o Titular do DARA implantou o sistema nas Faculdades Integradas de Uberaba – FIUBE.

Sempre com uma visão de futuro, os gestores do setor de registro acadêmico sempre propugnaram pela eficiência, modernização e agilidade das atividades a fim de prestar o melhor serviço possível aos usuários, em especial aos alunos.

Em 1970 foram dados os primeiros passos para informatização do registro acadêmico, sendo a ela estendida aos processo seletivos. Já naquela época o ganho em eficiência e tempo eram significativos, ficando a execução e gestão dos software sob a responsabilidade do Centro de Processamento de Dados, que sempre trabalhou em parceria com o DARA e, agora, a CDARA.

Em 1991 foi informatizado o serviço de protocolo interno, dando mais agilidade e segurança no trâmite documental. O modelo foi nominado de Serviço de Automação Universitária.

Em 1994, um trabalho pioneiro nas universidades foi desenvolvido pela Divisão de Registros Acadêmicos, ao informatizar o serviço de registro de diploma, desenvolvendo um software implantando uma rede novell local. Com a medida foi possível um ganho substancial de tempo, proporcionado uma redução do prazo médio de registro de diplomas de seis para dois meses, na média. Outro benefício foi, a partir de 1998, a entrega do diploma no ato da colação de grau, beneficiando todos os alunos da UFJF. Além disso, hoje os diplomas de outras instituições são registrados com prazo médio de trinta dias.

A medida serviu de referência para inúmeras universidades que adotaram o modelo ou desenvolveram programas semelhantes.

Em 1999, com a expansão quantitativa do corpo discente em função da ampliação das vagas e do número de cursos, a UFJF adquiriu o software Lyceum da empresa Techne, utilizando-o até 2002.

Em 2003 do Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional desenvolveu um software próprio para a UFJF, o qual atende todas as demandas da UFJF. O sistema foi denominado SIGA – Sistema de Gestão Acadêmica, que também serviu de referência para outras instituições, inclusive para o próprio MEC, que o recomendou a outras Universidades Federais.